• 04/05/2024

Lula embarca para o G7 no Japão após 14 anos para discutir guerra, fome e meio ambiente

O presidente Lula (PT) embarca na manhã desta quarta-feira,17, para Hiroshima, no Japão, onde participará da cúpula do G7, grupo que reúne Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. O convite foi feito pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida. O país ocupa a presidência rotativa do bloco e sediará os eventos no sábado e domingo, dias 20 e 21.

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É a primeira vez nos últimos 14 anos que um presidente brasileiro participa da reunião. Lula parte às 9h de Brasília e faz escalas no México e Alasca, antes de chegar ao Japão, na madrugada de sexta-feira, 19. Segundo informações da Presidência, ele deve participar de duas reuniões do G7 no sábado à tarde e uma outra no domingo pela manhã. Estão previstas reuniões bilaterais com os primeiros-ministros do Japão e Índia e o presidente da Indonésia.

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Na comitiva, além de Lula, devem estar presentes o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. O chefe da PF tem  agenda com o comissário geral da NPA (Polícia Federal do Japão), na sexta-feira, 19, para discutir cooperação internacional. Há expectativa de que seja assinado um memorando de entendimento. Outros nomes da comitiva não haviam sido divulgados até o início da manhã desta quarta, 17.

Segundo o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Mauricio Lyrio, na manhã de domingo, consta uma cerimônia com os chefes de estado para depositarem flores no Memorial da Paz de Hiroshima.

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Lula deve defender a paz na guerra da Ucrânia, postura que adotou desde o início de seu 3º mandato. O petista já causou rusgas na relação com aliados, ao não condenar a invasão russa. Mas recentemente, em viagem ao Reino Unido, Espanha e Portugal, mudou de posicionamento, condenou a invasão e defendeu a integridade do território ucraniano.

O embaixador Lyrio disse que na pauta do G7 estão temas como a guerra da Rússia contra a Ucrânia. Ao final da cúpula, devem ser apresentados dois posicionamentos a partir dos temas debatidos, sendo um construído pelos países membros do G7 e outro pelo bloco junto com os demais convidados.

“Como é uma declaração sobre segurança alimentar e há efeitos do conflito da Ucrânia sobre acesso a alimentos, uma referência ao conflito deverá ser feita [no documento]. Naturalmente, o governo brasileiro negocia essa linguagem para que seja compatível com a linguagem que o Brasil tem usado sobre o tema”, afirmou Maurício Lyrio em entrevista a jornalistas no início da semana.

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Ele destacou que este processo de negociação é “normal e que tem por interesses e visões de todas as partes envolvidas”. Ainda estão na pauta: mudanças climáticas, transição energética, e enfrentamento das vulnerabilidades dos países de média e baixa renda por conta da crise da dívida.

Além do Brasil, foram convidados Austrália, Ilhas Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, República da Coreia e o Vietnã. No evento deve contar com representantes das Nações Unidas, Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, União Europeia entre outras organizações internacionais.

Foto: Poder360

(Portal Terra)

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