A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza segue até 30 de junho. Até o momento, a Secretaria de Saúde já aplicou 831.103 doses contra o vírus na população do Distrito federal, o que representa uma cobertura vacinal de 79,8%.
Ainda assim, a pasta alerta alguns dos grupos prioritários a continuarem procurando as 128 salas de vacinas disponíveis no DF até o final da campanha. Especialmente crianças, gestantes e puérperas, que estão abaixo da meta estipulada de cobertura e são mais suscetíveis as complicações decorrentes da Influenza.
Até a décima segunda semana de campanha, crianças (49,6%), gestantes (50%) e puérperas (56,8%) permaneceram com coberturas vacinais abaixo dos 60%. “Esses três grupos têm um risco maior de contrair Influenza e sofrerem mais complicações. Orientamos que os pais não deixem de levar as crianças e que as pessoas procurem as salas de vacina, mesmo na pandemia”, alertou a enfermeira da Área Técnica de Imunização, Fernanda Ledes.
Para reduzir riscos de contaminação da Covid-19, a Secretaria de Saúde tem estudado algumas estratégias diferenciadas para alcançar a cobertura vacinal desses grupos. Entre elas, a vacinação de gestantes e puérperas internadas nas maternidades públicas, drive-thru nas unidades básicas de saúde (UBSs) e a vacinação na área externa da unidade, para trazer mais segurança à população e evitar as aglomerações em ambientes fechados.
“Algumas salas de vacina já estão usando essas estratégias, como colocar a vacinação na área externa e os servidores utilizarem equipamentos de proteção individual (EPIs). Estamos reforçando as medidas de proteção para deixar a população mais tranquila. Lembrando que todos os grupos podem se vacinar até 30 de junho”, ressaltou Fernanda Ledes.
A vacina previne três tipos do vírus Influenza: A (H1N1), A (H3N2) e B. Ao longo da campanha, alguns grupos ultrapassaram a meta de indivíduos vacinados, que é de 90%. Entre eles, idosos (147,3%), trabalhadores da saúde (122%), profissionais das forças de segurança e salvamento (118,5%), pessoas privadas de liberdade, jovens em medida socioeducativas e funcionários do sistema prisional (99,5%) e portadores de comorbidades (98,4%).
Cobertura
Pelos padrões do Ministério da Saúde, o Distrito Federal atingiu a cobertura vacinal de 90% da população na última sexta-feira (12), às 11h50, alcançando a meta estipulada pela campanha. Contudo, os números diferem da Secretaria de Saúde porque o Distrito Federal considera a cobertura vacinal de outros grupos não calculados pelo governo federal.
O Ministério da Saúde considera os grupos de crianças, gestantes, puérperas, idosos, adultos de 55 a 59 anos, trabalhadores de saúde e indígenas para o cálculo de cobertura vacinal, pois apresentam dados de população bem definida. A cobertura vacinal dos demais grupos é medida apenas pelo DF e não é contemplada pelo ministério para o alcance da meta estabelecida de 90%.
Além disso, para a cobertura vacinal dos adultos de 55 a 59 anos, o Ministério da Saúde considerou todos os indivíduos nessa faixa etária que foram vacinados e são pertencentes aos outros grupos prioritários. Por esse motivo, o valor de doses aplicadas e cobertura vacinal desse grupo, no Vacinômetro disponibilizado no sistema do ministério, está superior ao cálculo realizado pelo Distrito Federal.
A vacina é contraindicada para pessoas com histórico de reação anafilática em doses prévias da vacina. Contudo, na maioria dos casos, as vacinas contra influenza têm um perfil de segurança excelente e são bem toleradas.
Pacientes que tenham alergia comprovada grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados podem receber a vacina, contanto que ela seja administrada em ambiente hospitalar.
Para pessoas acamadas e acima dos 60 anos, é possível fazer um agendamento para que a imunização seja feita em domicílio. O agendamento pode ser feito pelo 160 ou na unidade básicas de saúde (UBS) de referência do domicílio do acamado.
(Agência Brasília)