• 25/04/2024

Opção para amenizar o calor e a seca, atividades aquáticas exigem cuidados

Boias a postos, piscina cheia, família e amigos reunidos. É assim que a empresária Rhany Holanda, 31 anos, tenta se refrescar nos fins de semana desta época em que a temperatura no Distrito Federal supera os 30ºC. Porém, a diversão não pode deixar os cuidados com a segurança de lado. Até agosto, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal atendeu a 54 ocorrências de afogamento em 2019, 26 a menos que o mesmo período do ano passado. Mas todo cuidado é pouco. Para que os números caiam cada vez mais, é fundamental obedecer a recomendações dos especialistas.

Com dois filhos pequenos, Ana Júlia, 11, e Yago, 4, Rhany não poupa cuidados quando vai para a casa da sogra, curtir a piscina com a família. Nos momentos de lazer, ficar de olho nos menores é dever de todos. “Eles só entram se for com boia e fica gente olhando o tempo todo, principalmente por causa do Yago. Tenho medo de ele tropeçar e cair”, comenta.

A preocupação de Rhany não é à toa. O capitão do Corpo de Bombeiros Victor Mendonça afirma que, para garantir a segurança das crianças, a distância máxima entre elas e um adulto deve ser de um braço. “Temos que ficar atentos também com as boias. A gente não aconselha aquelas infláveis, pois elas podem rasgar. O ideal é usar um colete salva-vidas, recomendado pela Marinha”, ressalta.

Leia também   SUSPENSÃO | GDF endurece regras de isolamento em Ceilândia e região

A administradora Flávia Firme, 44, não permite que a filha, Anna, de 2 anos e 7 meses, chegue perto da piscina sozinha. Durante os churrascos da família, a piscina fica fechada para garantir que as crianças só se aproximem acompanhadas. “Eu não a deixo um minuto sozinha. Para onde a gente for, ela vai junto. Ela até faz aula de natação, mas sabe que não pode entrar na piscina sozinha. Mesmo assim, só abrimos a grade se tiver algum adulto junto”, garante.

O capitão Mendonça ainda destaca que as crianças não são as únicas suscetíveis a acidentes em piscinas. Os adultos também devem ficar atentos à alimentação e à ingestão de bebidas alcoólicas. O recomendado é não misturar a atividade com álcool e procurar não fazer refeições pesadas antes de nadar.

Cachoeiras

Enquanto Flávia e Rhany aproveitam as piscinas, a estudante Verônica Lima, 22, prefere ir um pouco mais longe para se refrescar. Para ela, nada se compara a um bom banho de cachoeira. O destino preferido dela são as quedas d’água em Pirenópolis, a cerca de 150km de Brasília. “Basta ter um dinheirinho sobrando e sol para a gente ir”, comenta a estudante.

Quando a atração é cachoeira, os cuidados devem ser redobrados desde o caminho para chegar até elas, como o momento do banho. “Para quem precisa fazer trilha para chegar à cachoeira, a gente recomenda sempre levar água e comida. Se possível, é bom ter um guia acompanhando”, orienta Mendonça, do Corpo de Bombeiros.

Leia também   Hospital de Base vai operar até 70 mulheres com câncer em uma semana

Durante o banho, uma dica importante é não pular de lugares altos e jamais mergulhar de cabeça. “Pode ter um tronco ou uma pedra no fundo e causar um grave acidente. E, quando for entrar na água, entre sempre com os pés, para evitar bater a cabeça e sofrer alguma lesão”, alerta o capitão.

Verônica garante que ela e os amigos são cuidadosos. Além de evitar excessos, o grupo sempre fica atento ao tempo. “A gente olha a previsão antes de ir, pois sempre rola tromba d’água quando chove”, destaca. Mendonça enfatiza que, se houver previsão de chuva, a recomendação é cancelar o passeio.

Lago Paranoá

Outra forma de se refrescar é com os banhos no Lago Paranoá. Porém, o espelho d’água da cidade foi palco de muitos episódios tristes de afogamentos. Para evitar novos acidentes, o capitão Mendonça tem dicas especificamente para o local: “Não se aventure a fazer a travessia. Podem acontecer várias coisas no caminho, inclusive a pessoa passar mal. Se for mesmo querer atravessar, vá com algum apoio, com uma embarcação acompanhando e sempre com alguém ao lado”, aconselha.

Leia também   Estudo aponta eficácia de uma dose da vacina em quem já teve covid-19

Como o lago não tem cercamento, a atenção com as crianças deve ser redobrada, mantendo-as sempre por perto. Outro alerta é sobre as embarcações. Condutores de lanchas, por exemplo, não devem ingerir bebidas alcoólicas e todos devem usar coletes.

Mendonça destaca que as dicas valem para todos, até para aqueles que sabem nadar. “Não superestime a sua capacidade de natação. Você pode se considerar um bom nadador, mas não ser o suficiente para a atividade que está esperando. Tenha sempre uma segurança a mais”, alerta.

Resgate

Em casos de afogamentos em lagos ou rios, as pessoas devem ligar imediatamente para o 193. Segundo os bombeiros, é muito arriscado pessoas despreparadas entrarem na água para salvar a vítima. “Para resgatar alguém que está se afogando, são exigidas várias técnicas e treinamento.  Nesses casos, o recomendado é jogar algum objeto flutuante para a vítima”, comenta Mendonça.

Em piscinas, a maioria dos acidentes são ocasionados pelo fato de a pessoa não ter uma altura de acordo com a profundidade da piscina. “Nessa situação, quem é mais alto pode entrar sem  problemas. Mas é importante ter um apoio do lado de fora”, orienta. 

Fonte: Correioweb

Read Previous

DF tem novos focos de incêndio; o calor e a seca continuam no fim de semana

Read Next

Caixa tem horário estendido hoje e amanhã para saque do FGTS