Em busca de atender a demanda de pacientes agudos à espera por cateterismo em unidades de saúde da rede pública, o Núcleo de Hemodinâmica do Hospital de Base (HB) organizou uma força-tarefa neste final de semana. Fruto de parceria entre a Secretaria de Saúde (SES) e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), essas ações passam a ser empreendidas a cada 15 dias.
“Devido ao momento de pandemia, entendemos que o melhor é que os pacientes sejam mantidos o mínimo tempo possível no ambiente hospitalar”, explica o gerente- geral de assistência do HB, Lucas Seixas.
“Vamos trabalhar com foco e mecanismos para minimizar os impactos do coronavírus”, assegura o diretor-presidente do Iges-DF, Sergio Luiz da Costa. “Apesar de as cirurgias eletivas estarem suspensas, não vamos deixar os pacientes desassistidos. Devemos ter atendimentos em ortopedia, oftalmologia, otorrinolaringologia, além da oncologia, cardiopatias e neurologia, que são referenciados no HB.”
Hemodinâmica
Na ação deste final de semana, o Núcleo de Hemodinâmica organizou protocolos para que os 32 pacientes contemplados sejam submetidos aos procedimentos com toda a segurança. Durante a semana, 15 atendimentos já foram realizados. O local funciona diariamente, inclusive aos fins de semana, das 7h à meia-noite, para dar todo suporte possível à rede de saúde pública do DF.
De acordo com o chefe do núcleo, Raphael Lanza, todos os pacientes estão passando por testes rápidos para descartar qualquer possibilidade de contaminação por coronavírus, e as equipes estão a postos para a prestação do serviço.
Todos de prontidão
“Estamos com quatro médicos, dois enfermeiros e cinco técnicos em enfermagem fazendo revezamento para a realização dos procedimentos”, relata Raphael. “Além disso, todas as precauções estão sendo tomadas. Estamos com a equipe do laboratório disponível, estão de plantão médicos no centro cirúrgico e temos disponíveis leitos de UTI, caso algum paciente evolua para procedimento cirúrgico – tudo para que, ao final do domingo [19], tenhamos a fila de pacientes zerada.”
Internada no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) há 20 dias, Jordelina Suares, 75 anos, aprova a ação. “Sofro com problemas cardíacos já há algum tempo, e esse procedimento vai me auxiliar bastante”, conta. “Estou muito feliz de ter conseguido esse atendimento”.
(Agência Brasília)