A vacina contra coronavírus da Moderna se tornou, na sexta-feira (18), a segunda a receber autorização de uso de emergência da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA), uma notícia bem-vinda para um país com o número impressionante de mais de 307 mil vidas perdidas pela covid-19.
Milhões de doses da vacina da Moderna serão adicionadas ao programa de imunização dos EUA, que começou esta semana com prioridade para profissionais de saúde. Idosos em asilos e demais instituições de cuidados são os próximos na fila para receber vacinas.
Um painel de especialistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) deve definir no domingo (20) os grupos a seguir na campanha de vacinação, à medida que os diferentes setores econômicos competem para ter seus trabalhadores com preferência.
A FDA anunciou a autorização um dia depois de o painel de especialistas externos da agência endossar o uso da vacina da Moderna e uma semana após a FDA autorizar a vacina da Pfizer e da parceira BioNTech.
A vacina da Pfizer e BioNTech, com base em tecnologia semelhante à da Moderna, foi aplicada nos braços de milhares de profissionais de saúde dos EUA esta semana, em uma campanha em massa por todo país. As injeções de Moderna devem começar nos próximos dias para adultos com 18 anos ou mais.
“Com a disponibilidade de duas vacinas agora para a prevenção da Covid-19, a FDA deu mais um passo crucial na luta contra esta pandemia global que está causando um grande número de hospitalizações e mortes nos Estados Unidos a cada dia”, disse o comissário da FDA, Stephen M. Hahn, em comunicado.
Espera-se que a vacina da Moderna seja usada em locais de difícil acesso, como hospitais rurais, uma vez que o imunizante demanda condições de transporte e armazenamento menos exigentes que a vacina da Pfizer/BioNTech, que requer temperaturas ultra-congelantes.
A decisão da FDA marca a primeira autorização regulatória no mundo para a vacina da Moderna, que se mostrou quase 95% eficaz e sem preocupações sérias de segurança nos ensaios clínicos.
(Reuters)