O transtorno de aprendizagem é uma disfunção que acontece geralmente na infância, quando a criança apresenta dificuldades em graus elevados durante o aprendizado escolar. Esse distúrbio é causados pela má conectividade de algumas áreas neurológicas no processamento da leitura, escrita e cálculo.
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Para entender melhor o assunto, conversamos com a Luciana Brites, CEO do Instituto NeuroSaber e psicopedagoga.
Em que momento é descoberto?
“Por se tratar de um transtorno do neurodesenvolvimento, é categorizado dentro do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM 5) na categoria dos transtornos do neurodesenvolvimento”.
“Os primeiros sinais aparecem nos primeiros anos de vida da criança. Os sintomas podem ser vários, durante o desenvolvimento, os mais comuns são: atraso de fala ou coordenação motora, que são considerados possíveis transtornos”.
“O diagnóstico é fechado depois do ensino escolar, durante os 8 anos. Em seguida o tratamento é feito de forma multidisciplinar”.
“Tem que passar por médico, psicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo, terapeuta ocupacional. Ele não é um diagnóstico simples e nem fácil, exige muito estudo para entender essa questão dos transtornos e também não é feito através de exames, como ressonância, exame de sangue, eletro, isso não faz o diagnóstico de transtorno de aprendizagem. Ele é um transtorno que o diagnóstico é clínico, por meio de observação, testes, relatórios”, explica Luciana Brites.
Qual o tratamento?
Geralmente é feito acompanhamento com fonoaudiólogos, psicólogos e psicopedagogo. Tudo varia de acordo com a dimensão da área que o transtorno afeta o indivíduo.
“Não há uma cura completa, porque ele é um quadro disfuncional. Mas existe muita melhora no desenvolvimento. Outro sinal importantes é que a criança não apresenta perda cognitiva, são crianças inteligentes, mas na hora de aprender a calcular, ler ou escrever sente dificuldade”, finaliza Luciana Brites.