Um estudo britânico publicado pela Science Direct, observou que a forma como nos alimentamos é fortemente influenciada pelo nosso estado mental, e essa relação, frequentemente complexa, começa a se desenvolver já na infância. Os estudiosos realizaram as pesquisas com um grupo de crianças com idades entre 4 e 5 anos.
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A alimentação emocional é definida como comer na ausência de fome e em resposta a emoções, particularmente aquelas que são negativas como tristeza, raiva e tédio. Os alimentos consumidos são frequentemente prazerosos e, portanto, proporcionam prazer imediato para aliviar a experiência de humor negativo.
De acordo com o estudo, as crianças que foram submetidas a situações de tédio consumiram significativamente mais calorias, especificamente de alimentos doces, em comparação com outras crianças. Foram 79% mais quilocalorias totais e 76% mais quilocalorias doces em comparação com o grupo de controle.
A pesquisa aponta que seria útil explorar se é possível ensinar os pais a desviar a atenção dos seus filhos da comida (na ausência de fome), quando se sentem entediados ou reestruturar o ambiente alimentar doméstico para tornar mais difícil o acesso aos alimentos durante o período de alimentação emocional.
“Não é recomendado que as crianças possam ou devam evitar o tédio, mas sim que aprendam a vivenciar o tédio sem recorrer à comida”, conclui o estudo.
(Portal Terra)