“O número de crianças mortas em Gaza ultrapassa o número de crianças mortas na Ucrânia, mas não vemos a mesma reação” afirmou o primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrageiros do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, em
Doha.
Veja também
Unidade neonatal de Gaza alerta que bebês morrerão se energia acabar
Al Thani acrescentou que “todas as vidas humanas são preciosas” e “não podemos condenar a perda de vidas de um lado e lutar do outro”.
“As negociações com os reféns estão ocorrendo e, nos últimos dias, houve algum progresso”, disse Al Thani durante encontro com o seu homólogo turco.
Segundo o primeiro-ministro do Catar, “se compararmos o ponto em que estamos com o ponto em que começamos, há progressos. Estamos esperançados e se conseguirmos ir mais longe, veremos algum avanço em breve”.
Para Al-Thani, “a única forma de chegar a uma solução pacífica em Gaza é manter os canais de comunicação abertos”.
No entanto, o governante adverte contra a possibilidade de “mergulhar toda a região no caos”, o que poderá dar origem a “uma crise insuportável”.
Mortes em 24 horas
O Ministério de Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, disse que ataques aéreos israelenses mataram pelo menos 756 pessoas, a maioria mulheres e crianças (344), nas últimas 24 horas.
Pelo menos 6.546 palestinos, incluindo 2.704 crianças, foram mortos e 17.439 ficaram feridos em ataques israelenses desde 7 de outubro, informou o Ministério da Saúde.
Mortes na Cisjordânia
As Forças de Defesa de Israel realizaram, durante a noite, um ataque com drones sobre Jenin, na Cisjordânia, tutelada pela Autoridade Palestiniana. O Estado hebraico alega ter respondido a “terroristas armados” que “dispararam e atiraram artefatos explosivos contra forças de segurança israelenses”.
Morreram pelo menos três palestinos, aumentando para 103 o número de mortes na Cisjordância, desde 7 de outubro, segundo dados do Ministério da Saúde local.
( RTP e Reuters)