O uso contínuo de máscaras contra o coronavírus tem causado acnes em adultos e crianças. O fenômeno já é chamado de ‘maskne’ por dermatologistas e é provocado pelo atrito do item de proteção contra a face
As “novas” espinhas parecem novidade, mas a dermatologista Geisa Costa afirma que quem tem bebê em casa pode já ter visto o aparecimento dessas lesões na pele antes. “Não é aquela acne típica, provocada pela inflamação de um cravo ou por problemas hormonais. Ela é similar àqueles pontinhos, brotoejas, que a fralda causa no bumbum do bebê. As masknes são reações que surgem do atrito do tecido na glândula sebácea”, explica a especialista em entrevista.
E como durante a pandemia todas as pessoas devem usar a máscara de proteção, as espinhas podem surgir em homens e mulheres e até em crianças. “Eu estava vendo que era muito mais comum em mulheres, por causa do uso mais frequente da maquiagem. Elas insistem em usar muitos produtos mesmo com o rosto tampado. Agora, deu uma igualada e vejo muitos homens com a maskne também. As crianças também podem desenvolver, principalmente a partir dos 8 anos”, avalia.
Para o tratamento das acnes infantis, nada de produtos pesados. O mais recomendado é cuidar da limpeza da pele com sabonetea de bebê, daqueles que têm a menor quantidade de cor e menos química. Se for necessário hidratar, a dermatologista recomenda o uso de uma pomada para assadura, em uma camada leve e fina.
Assim como as espinhas comuns, as acnes das máscaras não devem ser espremidas. Isso pode causar manchas que vão variar a depender do fototipo de pele e a quantidade dos melanócitos. “Se a pessoa for negra ou tiver a pele mais morena, a mancha será mais escura. Em pessoas de pele clara a cicatriz será mais avermelhada”, detalha Geisa.
Para evitar as masknes, confira as dicas da médica:
- Lavar, hidratar e fotoproteger a pele — com produtos recomendados por um dermatologista
- Escolher máscaras com tecidos mais naturais, como o algodão
- Evitar o uso de maquiagens, que podem ser substituídas por filtro solar de cor leve
Confira mais informações na postagem de Geisa Costa:
(Portal Terra)