Pressionado por coletivos femininos e os altos índices de violência contra mulheres do Distrito Federal, o presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB), anunciou os nomes que vão compôr a Comissão Parlamentar de Inquérito de Combate ao Feminicídio. O grupo terá como integrantes os proponentes Arlete Sampaio (PT) e Fábio Felix (PSol), além de Telma Rufino (Pros), Hermeto (MDB) e Cláudio Abrantes (PDT).
“Ainda não temos a definição dos cargos, mas agora a CPI vai andar. Será bom para todo mundo”, prometeu o presidente. Coautor do pedido de CPI, o distrital Fábio Felix comemorou as indicações.
“É um passo muito importante. Temos que criticar quando for para criticar e elogiar quando ocorrer também. Especialmente o presidente Rafael Prudente, que articulou com os blocos e o governo as indicações para o início dos trabalhos”, comemorou o parlamentar.
A publicação deverá acontecer ainda nesta quarta-feira (30/10/2019), em edição extra do Diário da Câmara Legislativa (DCL). Entretanto, os cargos ainda não foram acordados.
Barulho
A CPI do Feminicídio foi proposta há pouco mais de um mês. Na terça-feira (29/10/2019), coletivos de mulheres estiveram na porta do plenário da Casa pressionando os distritais. O barulho surtiu efeito, e Rafael Prudente cobrou dos líderes de blocos a indicação de nomes. A surpresa da lista foi a saída de Roosevelt Vilela (PSB) para a entrada de Arlete Sampaio.
Outro nome na lista que pode não participar efetivamente dos trabalhos é o líder de governo Claudio Abrantes. Apesar de ser o titular, ele deve abrir lugar para Leandro Grass (Rede), do mesmo bloco.
A falta de definição tem um motivo. O governo quer escolher quem presidirá a CPI do Feminicídio. O nome preferido é o de Telma Rufino. A governista é suplente. Ainda assim, tem a confiança do Palácio do Buriti.
(Metrópoles)