As eleições mal acabaram e as movimentações de bastidores entre os distritais eleitos e reeleitos, em especial, os que integram a base aliada do governador Ibaneis Rocha, do MDB, para ficar com o comando da Câmara Legislativa do DF (CLDF) já começaram.
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Apesar da eleição da mesa diretora ter data e hora marcada, conforme estabelece o regimento interno da CLDF, a escolha dos distritais
que vão cuidar da direção da casa tem um peso muito importante no cenário político.
Quem for eleito presidente adquire com o cargo a prerrogativa de ditar o ritmo das votações no plenário e passa a ser o interlocutor direto dos deputados junto ao Executivo.
Cargo cobiçado
A escolha do presidente da CLDF reflete diretamente nas relações entre o Legislativo e o Executivo. Dada a importância e a visibilidade que o cargo proporciona, a disputa para sentar na cadeira de presidente é bastante acirrada.
Para muitos observadores e analistas da política brasiliense, a cobiça pelo posto permite ao parlamentar, seja novato ou parlamentar reeleito, que ele se posicione entre os seus colegas e mostre de que lado vai estar no decorrer do mandato.
No decorrer das articulações e negociações é comum nomes surgirem e quando a eleição vai acontecer de fato, esses pretensos candidatos preferem entrar na composição da mesa diretora ou ser presidente de uma comissão importante como a CCJ (por onde passa as leis) ou a CEOF (responsável por analisar o orçamento).
Da atual mesa diretora da CLDF foram reeleitos os deputados Iolando, do MDB, que é primeiro-secretário, Robério Negreiros, do PSD, segundo-secretário, e Hermeto, também do MDB e que ocupa a função de corregedor da casa.
Fontes disseram ao Expressão Brasiliense que pretendentes já estão se apresentando ao governador Ibaneis Rocha. Entre os cotados para concorrer à Presidência da CLDF estão três deputados reeleitos que integram a atual mesa diretora, Iolando, Robério e Hermeto, e o ex-distrital Wellington Luiz, que está de volta à Casa após ficar quatro anos fora.
Oposição sem chances
A oposição vem tentando se organizar também para fazer frente à base governista e tentar propor uma composição de mesa que atenda seus interesses. Os ex-governadores da esquerda, Agnelo do PT e Rollemberg do PSB, tiveram dificuldades nas suas relações com o parlamento distrital. Já Ibaneis Rocha mostrou que sabe jogar e tem atuado com muita prudência, cautela e respeito aos distritais.
Por enquanto, ainda não tem definido. Os nomes estão sendo lançados. Porém, certamente, o próximo presidente da CLDF será um aliado do governador. Como o governador andou mostrando as habilidades que adquiriu no decorrer do seu primeiro mandato, Ibaneis vai saber colocar a pessoa certa, no lugar certo, para não ter dor de cabeça e seguir em frente.
Até dia 1º de janeiro, muita coisa pode acontecer nessa disputa pela CLDF. Os cotados e favoritos de hoje podem ser descartados amanhã. É bom esperar antes de comemorar.
(Expressão Brasiliense)