Por Fabiana Oliveira*
No final do ano de 2019, a imprensa mundial já noticiava sobre um vírus desconhecido pela ciência que vinha causando uma doença pulmonar grave em centenas de pessoas em países asiáticos e que corria um sério risco de se espalhar para as demais nações. Apesar do medo, era esperado que o surto fosse controlado e exterminado num curto espaço de tempo, mas tal fato não ocorreu. E de lá pra cá, estamos aí convivendo com o novo coronavírus Sars-CoV-2, chamado popularmente como Covid-19.
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Aqui no Brasil, no dia 26 fevereiro, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso no país. A partir daí, as autoridades brasileiras acenderam o sinal de alerta. Até então, nós, brasileiros, estávamos apenas tendo conhecimento do tal novo vírus por meio da imprensa.
Diante de tudo o que vinha acontecendo e de um possível cenário de calamidade sanitária, no dia 11 de março, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha chamou a responsabilidade para si e decretou a suspensão de aulas na rede pública e privada, em função da ameaça da propagação do coronavírus na capital federal, já que o vírus atingia vários países e passou a ser classificada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
As ações pontuais e estratégicas do governador do Distrito Federal ocasionaram no fechamento total do comércio no começo do mês de abril, visando conter a disseminação em larga escala, uma das maiores dificuldades enfrentadas em relação a pandemia.
Para atender os pacientes no combate à doença, a Secretaria de Saúde investiu em leitos no Hospital de Campanha do Mané Garrincha, na construção de hospital de campanha em Ceilândia, no Hospital de Campanha da Polícia Militar e na unidade acoplada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), contratou leitos de UTI junto a iniciativa privada.
As ações do governo do Distrito Federal no combate ao coronavírus foram essenciais para que a capital federal ocupasse lugar de destaque no ranking de menor letalidade entre os estados brasileiros. Com a mudança do cenário e a redução do número de casos no DF, o governo já vem colocando em prática a desativação de alguns leitos, como ocorreu na última quinta-feira (15) com o Hospital de Campanha do Mané Garrincha.
O Distrito Federal ultrapassou, na sexta-feira (16), a marca de 203.576 pessoas infectadas pelo coronavírus, de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Saúde do DF. Até o início da noite de sexta, a doença levou a óbito 3.526 pessoas e 194.176 conseguiram se recuperar.
Até que as vacinas contra a Covid-19 sejam aprovadas, os cuidados devem continuar. É importante que as pessoas colaborem para evitar a propagação do vírus.
Nas últimas semanas as mortes por coronavírus no DF vem caindo. Segundo especialistas, essa redução ocorre devido às medidas adotadas pelo GDF logo no início da pandemia. Já é possível vê que estamos vencendo a Covid-19 no Distrito Federal.
* Fabiana Oliveira é jornalista com especialização em Estratégia Competitiva nas Organizações, blogueira e editora-chefe do Destaque DF.