Número é 33% maior do que volume do ano passado e há previsão de que valor possa chegar a R$ 135 milhões. Agência também adota medidas para analisar solicitações de novos contratos em até três dias
A perspectiva de um cenário econômico melhor e de aquecimento do setor produtivo com a vacinação da população contra a Covid-19, em 2021, mostra dados animadores para o mercado de crédito. O Governo de Goiás, por meio da Agência de Fomento de Goiás (GoiásFomento), começa o ano com R$ 107 milhões disponíveis em diversas linhas de financiamento, 33% a mais do que os R$ 80 milhões liberados em 2020. O número pode ser ainda mais promissor e chegar a R$ 135 milhões.
“O Estado tem que facilitar as coisas para o empresário”, considera o governador Ronaldo Caiado. Para ele, a oferta de crédito é fundamental para proteger os empreendedores, movimentar a economia, e gerar emprego e renda. “Graças a Deus estamos dando conta de mostrar o potencial que Goiás tem”, afirma.
Segundo o presidente da agência de fomento, Rivael Aguiar, a previsão para esse ano é que ocorra um aumento dos valores utilizados em investimentos. “Para ampliação, troca de maquinários e equipamentos, ou mesmo reformas. Representam ações estruturantes de ampliação ou modernização”, explica.
Em 2020, os valores foram empregados como capital de giro. “As empresas precisavam de socorro. Os recursos foram utilizados para sobrevivência, pagar despesas fixas e com pessoal. O objetivo era manter o funcionamento mínimo para não fechar”, analisa Aguiar.
Do total previsto para liberação em 2021, a linha de crédito com mais recursos é a do turismo, cerca de R$ 45 milhões. “Foi uma das áreas mais afetadas pela pandemia”, justifica o titular da GoiásFomento. Em seguida vem o microcrédito, com R$ 40 milhões, destinados a qualquer empreendedor, que poderá solicitar até R$ 21 mil. Para inovação tecnológica, o volume será de R$ 16 milhões.
Segundo Aguiar, existem alguns requisitos comuns para aderir ao financiamento, como possuir o nome da empresa sem restrição no sistema de crédito (SPC, Serasa e Banco Central) e não ter dívidas vencidas com instituições financeiras; entre outras. A apresentação de capacidade de pagamento da dívida também é uma requisição. No caso de implantação de empresa, é necessário demonstrar que o empreendimento é viável e sustentável.
Auxílio
Desde o início da pandemia, o Governo de Goiás adotou medidas facilitadoras para a contratação de crédito. Um dos principais gargalos eram as exigências de certidões negativas. “Mas foi dispensado durante a pandemia”, diz Rivael. Além disso, o Estado passou a oferecer fundo de aval em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e firmou convênio com a Sociedade Garantidora de Crédito (SGC). As duas ações possibilitaram que empresas que antes não conseguiam pegar empréstimos passassem a ter acesso ao financiamento.
Para 2021, há mais novidades para os clientes da instituição financeira. Está prevista a implantação de um novo sistema, totalmente digital, sem a necessidade de uso do papel. “Temos a expectativa de que, para algumas linhas de crédito, a análise ocorra em até três dias. Hoje, a média está em torno de 20 dias”, compara o presidente da agência.
É também meta da GoiásFomento investir em divulgação para que os empreendedores tenham conhecimento das ferramentas que podem ser utilizadas. “Estruturamos uma gerência de prospecção de negócios, que vai fazer um trabalho de campo nos principais ramos comerciais, como a região da 44 e as feiras”, informa Aguiar. A instituição também vai ofertar máquinas de cartão de crédito neste ano, com condições mais favoráveis do que as disponibilizadas pela maioria do mercado.
Correlata:
Em 2020, oferta de crédito da GoiásFomento foi 152% maior
Valor chegou a R$ 80,8 milhões e beneficiou mais de 1,6 mil empreendedores. Medida ainda contribuiu para geração ou manutenção de 6,5 mil postos de trabalho
Balanço divulgado pela Agência de Fomento de Goiás (GoiásFomento) mostra crescimento substancial nos valores liberados no ano passado. Foram financiados R$ 80,8 milhões em pelo menos oito linhas de crédito. O montante é 152% superior a 2019, quando a instituição financeira emprestou R$ 32 milhões. Os recursos beneficiaram 1.607 empreendedores.
Um dos melhores resultados para o Estado, com esses dados, reflete no mercado de trabalho. Com os valores liberados para investimentos na iniciativa privada, Goiás teve a geração ou manutenção de 6.527 postos de emprego. Em 2019, esse número ficou em 2.785.
“Avaliamos esses números com o sentimento de missão cumprida. O governador [Ronaldo Caiado] determinou que, dentro do legalmente possível, as empresas, principalmente as micro e pequenas, tivessem total apoio do Estado, por meio da GoiásFomento”, destacou o presidente da agência, Rivael Aguiar.
Entre as ações desenvolvidas constam a simplificação do cadastro, a celeridade no processo, as forças-tarefas e os fundos de aval. ” Com certeza, [as empresas] não teriam acesso a essas linhas de crédito em bancos comerciais”, reforçou Aguiar.
Aliado aos bons números de contratações, a GoiásFomento registrou redução na inadimplência de micro, pequenas e médias empresas, mesmo durante a pandemia da Covid-19. Em novembro do ano passado, o índice foi de 4,9%, considerado um recorde em anos. Em outubro (6,2%) e setembro (7,5%), os números também já registravam baixas.
(Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás)