• 27/04/2024

Não é só selfie: Instagram vira fonte de informação

Pesquisa aponta que engajamento de perfis jornalísticos cresceu 74% durante pandemia

Pergunte a um jovem por qual rede social ele mais se informa. É claro que o Twitter, mais dinâmico e propício para a leitura, não deixou de ser uma opção, mas outra rede social ganhou o coração dos usuários na hora de ler notícias — o Instagram.

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Segundo uma pesquisa feita pela empresa tchecoslovaca  especializada em redes sociais, a  Socialbakers,  o engajamento em postagens de jornais e revistas aumentou em 74% desde o início da pandemia do novo coronavírus, o que pode indicar que, preocupados com a situação mundial, os usuários do Instagram passaram a se interessar mais por perfis com conteúdos noticiosos.

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Os perfis de veículos de comunicação também têm postado mais, aumentando 44% desde fevereiro. Em comparação a julho de 2019, o aumento em postagens jornalísticas é de 63%.

Para Ivan Ferri, diretor de gestão de clientes e crescimento da Socialbakers, é preciso tomar cuidado com as notícias vistas no Instagram e verificar a veracidade da informação postada. “Um dos desafios é que todos, pequenos e grandes influenciadores, podem atuar como repórteres e postar notícias sem qualquer verificação de fatos, portanto, pode ser muito fácil compartilhar informações enganosas”, disse ele.

Outra preocupação de Ferri está no fato dos algoritmos da rede social, que priorizam conteúdos com os quais o usuário interage, o que pode “levar a polarização política”. “Os algoritmos da mídia social  costumam mostrar o feed de acordo com nossas visões e opiniões, de modo que poderíamos ser estocados em uma bolha com pessoas que só têm ideias semelhantes”, comentou ele no comunicado.

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Segundo a companhia, o levantamento foi realizado depois de o Reuters Institute divulgar um estudo no qual é mostrado que, embora o Google ainda seja o local preferido na hora de buscar por notícias, com mais de 35% de participação em todos os países, o Facebook fica muito próximo nos Estados Unidos (36%, enquanto o Google tem 38%) e no Reino Unido (33% para a rede social e 35% para o mecanismo de busca). A pesquisa também mostra que nos EUA, na Alemanha, na Espanha e no Reino Unido, os jovens entre 18 e 24 anos utilizaram o Instagram para se informar, seguido do Snapchat, enquanto o TikTok é usado por apenas 10% quando o assunto é informação.

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10 anos de Instagram

Nesta terça-feira, 6, também é comemorado os dez anos desde a fundação da rede social que, no início, tinha como principal foco fotos com efeitos “vintage”.  No primeiro dia, 25.000 pessoas criaram uma conta no app — mesmo quando o aplicativo ainda era disponível somente para pessoas que tinham iPhones. Atualmente, o Instagram deve ter mais de 1 bilhão de usuários espalhados pelo mundo e uma certeza: não é (mais) só de selfies que ele é feito.

(Portal Exame)

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