• 02/05/2024

Azitromicina contra covid-19 aumenta risco de parada cardíaca, diz estudo

Pesquisadores apontam que risco aumenta quando medicação é administrada em combinação com outros remédios, como a hidroxicloroquina e a cloroquina

Mais um estudo aponta que o uso do antibiótico azitromicina, comum para o tratamento de faringite, não é eficaz contra o novo coronavírus e pode aumentar o risco de ataques cardíacos em pacientes que a utilizam, e, consequentemente, de morte, segundo um estudo feito pela Universidade de Illinois em Chicago. Mas a preocupação com a medicação não é de agora: em 2012 o Food and Drug Administration (FDA), análogo à Anvisa brasileira, publicou um anúncio afirmando que o antibiótico estava ligado a eventos cardíacos, mas nada, à época, foi comprovado pela variação de resultados de pesquisas.

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O que os pesquisadores descobriram é que a azitromicina, por si só, não é associada com aumento em problemas cardíacos, mas a situação piora quando ela é administrada com outras medicações que afetam o funcionamento do coração. “Nossas descobertas indicam que pesquisadores e clínicos parem de usar a azitromicina como um tratamento potencial contra a covid-19. Descobrimos que o antibiótico quando administrado com outras drogas que também interferem no coração, a combinação é ligada a um aumento de 40% em eventos cardíacos, como desmaios, palpitações e paradas cardíacas”, explica Haridarshan Patel, um dos autores do estudo. A pesquisa foi publicada no prestigiado jornal científico Jama.

As drogas que podem interferir com o funcionamento cardíaco são remédios de pressão alta, inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ACE), alguns antidepressivos, a hidroxicloroquina e a cloroquina, opioides e até mesmo relaxantes musculares. A azitromicina em conjunto a hidroxicloroquina tem sido um tratamento em determinados locais contra o vírus, mas diversos estudos apontam que sua utilização não traz benefícios e pode até causar uma piora em casos de SARS-CoV-2.

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Outro estudo publicado no jornal científico Clinical Microbiology and Infection, por exemplo, mostra que a combinação das duas medicações é extremamente perigosa.

Em julho, o maior estudo brasileiro feito sobre a medicação mostrou que nem o uso da cloroquina sozinha, nem combinada com a azitromicina teve algum benefício em relação ao tratamento padrão para os casos do vírus. Segundo os pesquisadores, a hidroxicloroquina não reduziu a mortalidade do vírus e, em 15 dias, o número de óbitos para quem tomou a medicação foi parecido com o dos outros tratamentos.

Mais recentemente, um estudo brasileiro mostrou que o antibiótico é também ineficaz para o tratamento de casos graves de covid-19. Os pesquisadores apontam que a azitromicina só deve ser prescrita quando há o diagnóstico de pneumonia bacteriana.

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(Portal Exame)

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