Polícia Civil do Distrito Federal confirmou a identidade do suspeito de matar a vendedora Noélia Rodrigues de Oliveira. Segundo as investigações, o operador de máquinas Almir Evaristo Ribeiro, 43 anos, é o responsável por atirar à queima-roupa e matar a mulher de 38 anos. O corpo dela foi encontrado no último dia 18, no Assentamento 26 de Setembro, em Vicente Pires.
“A partir de ferramentas de inteligência, nós conseguimos vincular o autor do crime à vítima e também colocá-lo na cena e no horário da morte”, disse a delegada chefe da 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires), Adriana Romana, em coletiva no Departamento de Polícia Especializada (DPE). O diretor-geral da PCDF, Robson Cândido, também participou da entrevista.
De acordo com a delegada, vítima e criminoso se conheciam: “A gente conseguiu identificar que ela e o autor tinham um relacionamento extraconjugal e já mantinham contatos diários e frequentes há quatro meses. Ele buscou Noélia na via do Eixo Monumental, próximo ao Brasília Shopping, e depois seguiu para o assentamento. Ainda não soubemos se ela foi morta no veículo”, explicou Romana.
Caminho refeito
Outra linha de apuração que reforçou o nome de Almir Evaristo como assassino da vendedora foi reconstituir o caminho. “A gente conseguiu refazer todo o trajeto dela. Ela vai pelo Setor Hoteleiro e para em um arbusto. Essa foi a última imagem que conseguimos dela, bem próximo à parada”. O suspeito não teria revelado a motivação do crime nem confirmou se, de fato, mantinha um relacionamento com ela. “Ele começou negando e, após conversar com esposa e filho, disse que iria colaborar. Mas, depois, ficou calado de novo”, disse.
O celular e a bolsa de Noélia foram roubados após o crime. “Mas não acreditamos que ele queria subtrair aqueles objetos, mas sim ocultar provas”, completou Adriana Romana.
Um GM Cruze prata usado pelo suposto autor acabou apreendido para perícia do Instituto de Criminalística (IC). Um outro carro, do filho de Almir, também foi levado para análise da PCDF. Ambos os automóveis estão registrados no nome da esposa do suspeito.
Assassino mandou mensagem para marido da vítima
De acordo com as investigações, o suspeito, no dia seguinte ao desaparecimento de Noélia, mandou mensagem para o marido dela, Marcos Paulo, se solidarizando e se colocando à disposição para ajudar nas buscas. Ao analisar os extratos telefônicos da vítima, a PCDF descobriu que Almir e Noélia se falavam há cerca de quatro meses. Algumas das ligações duravam mais de uma hora.
Após supostamente matar Noélia, Almir manteve a rotina. “Ele trabalhava em uma empresa que presta serviços em todo DF. No dia do crime, estava trabalhando no Recanto das Emas e saiu de lá para buscar a Noélia no Brasília Shopping. Chegando em casa, não demonstrou nada de diferente, segundo a esposa”, contou a delegada.
(Metrópoles)