Cerca de 20 mulheres ocupam a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) na tarde desta terça-feira (29/10) para cobrar a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Feminicídio. Elas se posicionam em frente ao Plenário da Câmara e seguram cartazes com frases como “Nem uma a menos”, “Parem de nos matar” e “Governador, qual seu medo?”.
Proposta em 17 de setembro pelos deputados Arlete Sampaio (PT) é Fábio Felix (Psol), a CPI do Feminicídio, que tem por finalidade investigar os casos recentes de feminicídio do DF, contou com 21 assinaturas dos 24 deputados distritais. O prazo para os líderes de governo indicarem membros para compor a equipe foi de cinco dias. Entretanto, 42 dias se passaram e nenhum nome foi oficializado.
Uma das militantes do movimento feminista Juntas Ayla Viçosa, 25 anos, acredita que falta comprometimento do governo com a causa. “Estamos cansadas de tanta morte. Precisamos chamar a atenção do Legislativo de alguma maneira. O que estamos fazendo é uma forma de mobilizar toda a capital para essa realidade”, argumenta.
Segundo o deputado Fábio Felix, há algumas ações dentro da Câmara que têm atrapalhado o andamento da instauração. “Temos um impasse tanto na parte regimental, quanto do ponto de vista de questões técnicas. Mas existem motivações políticas para formalizar a Comissão”, afirma.
(Correioweb)