Ao apresentar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para o ano que vem nesta quinta-feira, 15, o governo federal propôs um salário mínimo de R$ 1.147 em 2022. O aumento de 4,27% previsto em relação aos atuais R$ 1.100, marcará o terceiro ano seguido de reajuste apenas pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
A Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelece as bases para o Orçamento do ano seguinte de acordo com previsões dos principais indicadores econômicos. O governo pode rever os valores durante a tramitaçãodo Orçamento.
Para 2023, a previsão é de que o salário mínimo será de R$ 1.188, chegando a R$ 1.229 em 2024.
Neste ano, o salário mínimo teve reajuste de 5,26%, concedido antes da divulgação oficial do resultado do INPC em 2020, que acabou subindo 5,45%. Pela lei, governo tem a opção de fazer a compensação da diferença (equivalente a cerca de R$ 2) no próximo reajuste, em 2022.
No ano passado, no entanto, o presidente Jair Bolsonaro editou uma Medida Provisória para antecipar a compensação, em meio à insatisfação de famílias com o reajuste abaixo da inflação e a disparada nos preços da carne. O piso, que inicialmente ficara em R$ 1.039 em janeiro de 2020, passou a R$ 1.045 no mês seguinte.
O último ano de aumento real no piso nacional, segundo a política de valorização do salário mínimo lançada em governos petistas, que previa aumentos pela inflação e variação do Produto Interno Bruto (PIB), foi em 2019. A fórmula vigorou entre 2011 e 2019, mas nem sempre o salário mínimo subiu acima da inflação. Em 2017 e 2018, por exemplo, foi concedido o reajuste somente com base na inflação porque o PIB dos anos anteriores (2015 e 2016) teve retração.
(Portal Exame)