O Governo do Distrito Federal (GDF) investe em medidas para aumentar a segurança de pedestres e motoristas nas vias da capital federal, com a instalação de gradis de metal em pontos estratégicos. O objetivo é desestimular a prática perigosa de atravessar as pistas em meio ao grande fluxo de carros e direcionar os pedestres para as passarelas e pontos seguros de travessia.
Para frear as mortes de pedestres no trânsito, o DER está instalando os gradis principalmente sob as passarelas do Sistema Rodoviário do Distrito Federal (SRDF). “Essa instalação de gradis tem uma função social de disciplinar o pedestre”, destaca o engenheiro Mozer Teixeira de Castro.
Conforme o engenheiro, o local de instalação das estruturas é definido após análise das equipes técnicas do departamento. O projeto também atende às áreas de condicionantes ambientais quando solicitado pelos órgãos competentes. “Temos um contrato com uma empresa especializada no ramo e estamos estudando outros pontos que possam vir a receber os gradis, caso necessário”, acrescenta.
Segurança reforçada
Até o momento, as equipes do DER realizaram a instalação de 2,5 mil metros lineares de gradis no Pistão Sul, em frente à Universidade Católica e ao Taguatinga Shopping, onde os trabalhos ainda estão em andamento; na BR-020, próximo ao Posto Itiquira; DF-005, na altura do Varjão; e nas regiões administrativas de Planaltina, Itapoã e Candangolândia. O investimento ultrapassa R$ 3,6 milhões.
Outra via que também recebe o reforço dos dispositivos é a Estrada Parque Guará (EPGU), na altura da passarela que dá acesso ao Zoológico de Brasília. No local, são instalados 190 metros de gradis, com 6 a 8 centímetros de largura e feitos em chapas metálicas de 1,5 milímetros de espessura.
Raphael Camargo, de 30 anos, é supervisor de manejo de fauna do Zoo. Ele conta que a instalação dos gradis se faz necessária para evitar a travessia clandestina de pedestres. “Muitas pessoas, realmente, atravessam a via sem utilizar a passarela. Se tem passarela, o pessoal não usa. Se não tem, reclamam que não tem. É bem complicado”, diz.
Para ele, o cenário é ainda mais preocupante durante horários de pico. “Por volta das 17h, várias pessoas começam a atravessar a pista. Precisamos que haja educação entre as pessoas para que utilizem a passarela. É a forma segura de se chegar ao outro lado”, continua.
A diarista Gilmara Aparecida, 39, concorda com a fala de Raphael. Ela usa diariamente a passarela da Candangolândia e critica a imprudência dos pedestres: “Muita gente arrisca a vida para economizar tempo”. “Eu cheguei a ver mães tentando atravessar por aqui com crianças. A passarela está aqui para ser usada”, defende.
(Agência Brasília)