Todas as oito unidades administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) estão seguindo rigorosos protocolos de segurança sanitária estabelecidos pela Secretaria e pelo Ministério da Saúde para evitar que pacientes internados com coronavírus contaminem enfermos hospitalizados com outras doenças.
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Uma das medidas adotadas é o isolamento dos pacientes com covid-19. Eles ficam separados em áreas específicas, sem contato com os outros doentes. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), por exemplo, foi instalado um pronto-socorro exclusivo para pacientes com covid-19. No HRSM, no Hospital de Base e nas seis unidades de pronto atendimento (UPAs) dirigidas pelo Iges-DF funcionam alas criadas para atender exclusivamente as vítimas da pandemia. Além disso, as unidades realizam testes PCR para diagnóstico da doença.
No Hospital de Base, reuniões diárias são realizadas entre as gerências e as equipes do Núcleo de Controle de Infecção e de Epidemiologia do HB para analisar o Mapa Covid dentro do HB. Objetivo: identificar casos de coronavírus em outros setores que não sejam para pacientes com covid-19.
“Quando identificamos que algum paciente em estado grave, internado em outro setor do hospital, foi diagnosticado com o coronavírus, ele imediatamente é transferido para a UTI Covid”, explica Julival Ribeiro, chefe do Núcleo de Controle de Infecção. “Se os sintomas forem leves, ele fica em ala separada na enfermaria em que já fazia outro tipo de tratamento, para não passar o vírus para os demais pacientes”.
Medidas preventivas
Todas as unidades do Iges-DF mantêm a rotina de repetir, por meio de cartazes, aviso ou informações na tela do computador dos colaboradores, os cuidados básicos para evitar a contaminação: usar máscara, higienizar as mãos com álcool gel e manter o distanciamento social.
Mas medidas de segurança também incluem: limpeza e higienização três vezes ao dia de todas as dependências das unidades; redução do número de familiares que podem acompanhar doentes com outras enfermidades; e limitação da circulação de visitantes nas dependências das unidades.
Julival Ribeiro acrescenta que as medidas incluem treinamento aos profissionais de saúde da linha de frente no socorro às vítimas da pandemia, que estão mais expostos ao contágio. Eles são orientados a usar e descartas corretamente os equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscaras, luvas e capotes.
Mas as medidas não são apenas para evitar a propagação da covid-19. Existem outras doenças que exigem cuidados redobrados, conforme André Ferreira, chefe do Serviço de Neurologia do HB. “Não podemos esquecer que outras doenças também são graves e não podem ser negligenciadas”, alerta o médico. É o caso de doenças como dengue, chikungunya, febre amarela e HIV.
Para Ferreira, é fundamental que a pessoa se proteja. Caso adoeça, deve buscar a única básica de saúde (UBS) mais próxima do local onde reside. Lá receberá o primeiro atendimento. Se for necessário, o paciente será encaminhado para alguma UPA ou algum hospital regional.
Atendimento nas UPAs
As UPAs administradas pelo Iges-DF seguem um protocolo de atendimento padronizado pela Secretaria de Saúde. Os pacientes que chegam a essas unidades são identificados conforme o grau da necessidade de assistência e divididos em dois tipos de classificação: “sintomas respiratórios” ou “atendimento de clínica médica”. Após essa etapa, é atendido pelo médico, sendo priorizados os casos mais graves.
Quem apresenta sintomas da síndrome respiratória aguda é imediatamente encaminhado para a Sala Verde, totalmente separada dos demais usuários. Se a infecção por coronavírus for confirmada, o paciente é atendido na Sala Amarela. Já os pacientes não-covid são tratados nos quartos individualizados e na Sala Vermelha.
(Agência Brasília)