O brasiliense se assustou nos últimos três dias com o reajuste no preço da gasolina. Até terça-feira (12/3), a maioria dos postos vendia o litro do combustível por R$ 3,98. Agora, é raro encontrar o produto a menos de R$ 4,39. Alta de R$ 0,60. E o consumidor precisa ficar atento, porque a Petrobras autorizou novo aumento nas refinarias a partir desta sexta (15), de 1,5%.
Somente neste mês, foram cinco reajustes, num percentual total de 8,6%. Já nos postos, o litro subiu 10,3%.
A maioria dos estabelecimentos aumentou os preços nessa quarta (13). Na Asa Norte, um deles chegou a ter alta de de R$ 0,36 no período de um dia. No entanto, a reportagem encontrou a gasolina abaixo de R$ 4 no Posto Shell da 115 Sul: R$ 3,99.
O maior valor foi encontrado no Shalom da 103 Norte: R$ 4,67.
Paulo Tavares, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF, descreveu a situação como inevitável. “Uma hora iam estourar os limites do preço baixo. Tivemos aumentos esporádicos em janeiro e fevereiro que foram interrompidos nas últimas duas semanas. Agora, foram retomados pelo efeito do dólar”, afirmou.
De 5 de fevereiro até esta quinta-feira (14), o preço nas refinarias subiu R$ 0,27, sem baixas, conforme mostram informações disponíveis no site da Petrobras.
De acordo com o presidente do sindicato, o preço do produto que chega até Brasília é maior que o da maioria dos estados em razão do transporte. Ele explicou que apenas a Refinaria de Paulínia (São Paulo) abastece as distribuidoras do DF.
“Só conseguiu manter o mesmo preço quem tem estoque velho ou está fazendo alguma alteração fiscal”, completou Tavares.
“Os postos não combinam de aumentar. Todos compram pelo mesmo preço e ficam no limite até que os outros aumentem”, justificou.
(Metrópoles)