Agilidade da corporação permitiu transplante, com sucesso, na tarde desta quinta-feira (27) no Instituto de Cardiologia.
Mais uma vida foi salva graças ao trabalho em conjunto entre a Secretaria de Saúde, por meio do Complexo Regulador em Saúde, e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Nesta quinta-feira (27), uma ação dos dois órgãos resultou no transplante de um coração que foi doado em Goiânia (GO) e que veio para o Distrito Federal no helicóptero da corporação.
O transplante ocorreu por volta de 16h30 no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF). A cirurgia ocorreu com sucesso, de acordo com a equipe profissional, e a receptora passa bem com recuperação considerada boa para o tipo de procedimento.
Sempre que tem uma doação em um estado que não tem receptores compatíveis, a Central Estadual de Transplantes (CET) aciona a Central Nacional de Transplante (CNT) que fica no Ministério da Saúde e a CNT gera um ranking nacional para buscar receptores compatíveis.
“Como Goiânia não faz transplante cardíaco, o coração foi ofertado pela CET-GO para a CNT, que identificou receptor compatível no cadastro daqui da CET-DF”, explica a diretora da Central Estadual de Transplantes do DF, Joseane Vasconcellos.
Geralmente, quando tem doação de coração, são utilizadas as aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) – que, por força de decreto, disponibiliza uma aeronave para transporte de órgãos para transplante. No entanto, a aeronave da FAB não estaria disponível em tempo hábil para a captação, porque estava em outro estado brasileiro.
“O tempo entre a captação do coração e o transplante é bem curto. Por isso, sempre são utilizados os jatos da FAB, que conseguem fazer os deslocamentos com mais agilidade. Como não seria possível, solicitamos apoio do Corpo de Bombeiros – que já tem nos apoiado nos transportes aéreos para captação de fígado em Goiânia e para os transportes aéreos de coração que vem de FAB até a Base Aérea e precisam ser encaminhados para o Instituto de Cardiologia do DF”, informa.
Transplantes
Antes do helicóptero do CBMDF pousar em Brasília, a paciente receptora já estava internada no ICDF, se preparando para entrar no Centro Cirúrgico e receber o coração trazido de Goiânia. Antes disso, aguardava com urgência pelo transplante internada no Hospital de Base.
Segundo Joseane, a compatibilidade para transplante cardíaco depende principalmente da tipagem sanguínea, idade, peso e altura do doador com relação ao receptor. Estes dados entram no sistema informatizado de gerenciamento da lista de espera.
“Os pacientes em lista de espera para transplante cardíaco e hepático não têm outra possibilidade terapêutica. É muito triste quando um paciente morre em lista de espera. Principalmente, quando existe um órgão compatível, mesmo que esteja em outra cidade”, avalia.
A excelência do Distrito Federal em realizar transplantes já possibilitou que pacientes de outras unidades da federação fizessem o transplante em Brasília com o coração de um doador do seu estado de origem.
(Agência Brasília)