Os testes da vacina russa contra Covid-19 “Sputnik-5” ainda não começaram no Brasil, enquanto suas rivais britânica e chinesa já começaram a registrar resultados parciais de testes clínicos de estágio avançado, informou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta terça-feira.
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Os Estados brasileiros do Paraná e da Bahia, que têm acordos de testes e produção ou distribuição da vacina da Rússia, ainda não entraram com pedidos de testes clínicos no Brasil, informou uma porta-voz da Anvisa.
“Houve diversas reuniões, físicas e online, mas nenhum documento da vacina russa se materializou ainda”, disse ela.
O Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), que está comercializando a Sputnik-5, louvada pela Rússia como a primeira vacina registrada do mundo, não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
Enquanto isso, os testes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, e de outra vacina em potencial da chinesa Sinovac Biotech, estão sendo realizados em vários locais, e dados iniciais estão sendo enviados à Anvisa.
“Este ainda não é um pedido formal de registro destas vacinas. Só cogitaremos isso quando todos os documentos tiverem sido apresentados”, disse a porta-voz.
Para acelerar o procedimento, na semana passada a Anvisa iniciou um processo de apresentação contínua de documentos e de resultados iniciais para que eles possam ser estudados simultaneamente.
Como tem o segundo surto de coronavírus mais letal do mundo, só perdendo para o dos Estados Unidos, o Brasil se tornou um campo de testes crucial para as vacinas em desenvolvimento.
(Reuters)