Uma das mulheres mais aguerridas da política brasiliense, a deputada e candidata a vice-governadora pela coligação Unidos pelo DF, Celina Leão, do PP, concedeu entrevista ao Destaque DF, na segunda-feira (26), para falar sobre a disputa eleitoral ao GDF ao lado de Ibaneis Rocha, do MDB, atual governador e candidato à reeleição.
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Durante a conversa, Celina Leão não perdeu a oportunidade de abordar um tema que vem sendo muito debatido nos bastidores da política brasiliense: as reais intenções do empresário Paulo Octávio ao se candidatar ao GDF.
Para Celina, PO, que foi vice-governador de Arruda, é proprietário de uma das maiores construtoras da região com negócios inclusive com o próprio GDF, não tem condições de governar a capital do País.
“Tenho medo do DF ser administrado por quem tem interesse em fazer negócio com suas terras”, alertou Celina Leão.
A candidata a vice da coligação Unidos pelo DF alfinetou o adversário ao mencionar a forma que seu companheiro de chapa constituiu seu patrimônio.
“O Ibaneis nasceu pobre. Ele nunca ganhou dinheiro com terras públicas ou obras públicas. Ele estudou, se tornou advogado e ganhou notoriedade atuando no Judiciário. Volto a dizer: um candidato a governador não pode ter interesse nas terras do DF”, reiterou Celina Leão.
Negócios de PO com o GDF
De acordo com as ações que tramitam na Justiça Eleitoral, o empresário e candidato a governador do PSD, Paulo Octávio, é sócio de empresas que possuem negócios com o GDF no ramo da construção civil (construção do Viaduto da EPIG), imobiliário (locação de imóveis para órgãos do DF), comunicação, entre outros.
As empresas de PO faturam milhões mensalmente com o GDF. Segundo ele, durante participação num debate de emissora de TV, suas empresas ‘prestam relevantes serviços para a população de Brasília’.
A verdade é que PO quer estar dos dois lados do balcão. De um lado, ele diz o que precisa e do outro ele apresenta a solução e a fatura. E ele ainda quer tentar eleger o filho para deputado federal com o objetivo de garantir que seus negócios com o Poder Público se perpetuem no decorrer dos próximos anos.