• 22/11/2024

Mãe biológica se apresenta à polícia e leva menina Thaissa

A mãe biológica de Thaissa Ayane Borges Tavares, 8 anos, se apresentou à polícia nesta quinta-feira (31/10/2019) com a menina. Depois de assinar o Termo Circunstanciado de Ocorrência, Rafaela Victor Santana , 28, falou com a imprensa. “Foi a melhor decisão que tomei na minha vida”, afirmou a mulher. Ela levou a criança da família adotiva na terça-feira (29/10/2019), no Gama. O caso é investigado pela 14ª Delegacia de Polícia.

“Vou lutar por ela. Nunca desisti da minha filha”, frisou Rafaela. Negou que teria “sequestrado” a garota e disse que foi “tomada por um desespero de mãe”. De acordo com a mulher, Thaissa aceitou ir sem reagir.

“Ela simplesmente me olhou profundamente e ficou falando ‘Calma, moça, calma’. Foi como se eu abrisse uma gaiola e um passarinho voasse. Ela vivia uma mentira, um amor forçado com a outra família”, disse Rafaela.

A mãe biológica assinou o termo e responderá o caso em liberdade. Ela foi ouvida pela polícia e, ainda nesta quinta-feira, falará também com o Conselho Tutelar, com quem Thaissa está.

Perguntada sobre por que não procurou a polícia antes, Rafaela disse que foi atrás, mas não conseguiu resultados. “Eu fiz boletins de ocorrência, mandado de busca e apreensão, mas a família adotiva sempre sumia. Eles fugiam. Descobri onde ela estava estudando, por meio da Secretaria de Educação, e fui atrás da minha filha”, declara.

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“Foi a coisa mais gostosa do mundo ver ela brincado, feliz com a irmã. Ela me chamou de mãe e sentou no meu colo”, contou Rafaela. A mulher afirma ter convivido com a filha durante todo o tempo e nega que tenha dado a menina para a família Borges.

Procura de 5 anos

A mãe biológica de Thaissa conta que procurava a filha há 5 anos. De acordo com ela, a família que estava atualmente com a criança se aproveitou da boa-fé de Rafaela para pegar a criança. “Eles tentavam afastá-la de mim todo o tempo, estavam esperando só uma oportunidade para levá-la embora. Um dia, ouvi um caminhão de mudança e levaram a Thaissa”, relatou.

De acordo com o advogado da família Borges, Rafael Montenegro, os parentes adotivos ainda não sabem o estado da garota. “O procedimento é o Conselho Tutelar escutar a criança e as partes envolvidas”, explicou. Ele afirma que é possível Thaissa voltar para a família ainda nesta quinta-feira (31/10/2019).

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Zilmar Borges Custódio, que teve a guarda provisória da criança deferida no último dia 21 de outubro, filhas, parentes e amigos também aguardavam a chegada de Rafaela. A mãe adotiva preferiu não se pronunciar sobre o caso.

Bruno Dias, delegado da 14ª DP, que cuida do caso, confirma que a criança está com o Conselho Tutelar. O investigador destaca que há um registro de subtração de incapaz relacionado à ocorrência feita em 2015 pela 26ª DP . “Agora, temos que ouvir os depoimentos e encaminhar ao Judiciário”, concluiu o policial.

Boletim de ocorrência

Na quarta-feira (30/10/2019), o advogado de Rafaela, Thiago Caixeta, afirmou que havia um boletim de ocorrência sobre a subtração de incapaz referente à criança, em 2015, na 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia). Ele disse que a família adotiva da menina frequentemente mudava de endereço para “fugir” da mãe biológica.

“A família de Zilma pegou a criança para si e mudou de residência. Elas moravam em Samambaia. Depois, parece que foram para o Recanto das Emas, Valparaíso e, agora, estão no Gama. A Rafaela se aproximava e elas fugiam. Ela estava desde então procurando”, relatou o advogado.

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Bruno Dias, delegado responsável pelas investigações, comentou sobre o boletim de ocorrência. Segundo ele, a influência do documento será maior quando o caso chegar à parte judiciária. “A parte da polícia pode acabar quando a criança estiver aqui. Mas ainda serão feitas todas as investigações e conclusões do caso”, ressaltou.

No entanto, Thayanne Borges, irmã adotiva de Thaissa, afirma que a família morou em Samambaia por 23 anos. Também tinha vizinhos que podem ser chamados como testemunhas.

“Quando ela se mudou, perdemos o contato. Entretanto, em nenhum momento, Rafaela nos disse que queria a criança”, afirmou Thayanne (na foto principal, ao lado da irmã Thais). “Só queria saber como ela estava. Em cinco anos, não houve contato, mas todos os parentes tinham o contato para ela procurar”, ressalta.

( Com informações adaptadas Metrópoles)

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