Por Catherine Bosley, da Bloomberg
A Suíça, que se destacou entre os vizinhos europeus por sua abordagem geralmente mais laissez-faire à pandemia, está se juntando aos países que agora aumentam a pressão sobre os não vacinados.
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Com hospitais lotados e imunizações atrasadas em relação ao resto da Europa Ocidental, o governo está fazendo o que um de seus membros chamou de “bizarro” há algumas semanas e passou a exigir certificados de vacinas para atividades públicas.
A partir desta segunda-feira, residentes de um dos países mais ricos do mundo terão que mostrar um comprovante para entrar em restaurantes, cinemas e academias de ginástica. Eles devem atestar que foram vacinados, testados ou que se recuperaram do vírus.
O vaccine tracker da Bloomberg mostra que 53% da população suíça está totalmente vacinada, em comparação com 71% na França e 62% na Alemanha. Enquanto isso, os casos aumentaram. A zona rural de Appenzell Innerrhoden, que teve a aceitação mais lenta do país, está agora entre os 10 principais pontos de contágio da Europa, mostram dados da Organização Mundial de Saúde.
Dezenas de pessoas se reuniram em frente ao parlamento em Berna na semana passada para protestar contra a decisão do governo suíço em pressionar pela vacinação. Mas o plano parece estar funcionando. A ruptura com a fala do governo de que a vacinação é uma decisão inteiramente pessoal aumentou a demanda por vacinas.
As autoridades em Appenzell Innerrhoden estão recebendo inúmeros pedidos de pessoas que desejam receber vacinas e esperam dobrar o número de vacinas aplicadas a cada semana, disse Monika Ruegg Bless, que dirige o departamento de saúde local. “O aumento do uso de certificados de vacinas está definitivamente sendo sentido”, disse ela.
A demanda em Zurique também aumentou. E a partir desta semana, um de seus bondes percorrerá as ruas para levar vacinas ao público.