O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo ninguém no seu governo está na “marca do pênalti“ após especulações nos últimos dias envolvendo ministros.
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“Lá (em Brasília) por enquanto não tem ninguém na marca do pênalti não. Não tem ninguém na marca do pênalti , está ok?”, disse Bolsonaro quando questionado pela Reuters.
“Há três semanas vocês (da imprensa) demitiram o Heleno e botaram na embaixada da França. Heleno veio falar… ‘logo na França? Bota em Bahamas’“, acrescentou Bolsonaro, referindo-se ao ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O presidente francês, Emmanuel Macron, é desafeto de Bolsonaro.
Durante a última semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, andou divergindo do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o ritmo das reformas estruturais. Antes, os atritos eram com a ala do governo que seria favorável a uma flexibilização dos gastos e possibilidade de se furar o teto de gastos.
Bolsonaro reiterou que Guedes é quem toma conta de 98% da economia e ele, como presidente apenas 2%.
“A economia esta na mão dele e é ele que decide como a Teresa Cristina decide a pecuária e agricultura“, disse o presidente a jornalistas. Ele ainda fez elogios a Campos Neto.
Ao ser questionado se o auxílio emergencial poderia ser estendido para 2021, outro ponto de debate dentro do governo, Bolsonaro disse que “isso é com a Economia”. No entanto, deu a entender que não há espaço fiscal para um prolongamento da ajuda.
“O auxilio foi endividamento mais de 700 bilhões (de reais)… o Brasil aguenta outra dessa? É como comprar fiado no botequim… chega uma hora se você não paga o cara não vende mais pra você”, completou.
Bolsonaro ainda criticou a ameaça feita por alguns governantes de recuos na flexibilização da quarentena após um recrudescimento da Covid-19 no país.
“Se fechar tudo novamente não sei como podemos reagir.”
(Reuters)