O primeiro dia de aula! Provavelmente, devido à pouca idade, a maioria das pessoas não conseguem se lembrar da primeira vez na escola. Por outro lado, os pais que já viram seus filhos iniciarem o ciclo escolar, certamente têm a data deste dia tão especial guardada na memória. Já os que ainda não viveram a experiência, começam a planejar o momento tão aguardado desde os primeiros passos da criança.
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A nova experiência na vida da família costuma ser cercada por expectativas, desde a escolha pelo colégio ideal, passando pela compra dos materiais necessários, os acertos burocráticos com a instituição educacional até a preparação psicológica, tanto dos pais quanto dos filhos, para o momento em que a criança vai se despedir e entrar pela porta do colégio pela primeira vez.
Para a educadora parental Priscilla Montes, o primeiro caminho é o da honestidade com a criança. “É necessário explicar tudo o que vai acontecer. Aonde ela vai, que horas, com quem ela vai ficar, nome dos amiguinhos, nome da professora. Contar para ela todo o cenário. E sempre dizer que o cuidador vai embora mas vai voltar para buscá-la. Quando o adulto é honesto, a criança se sente segura emocionalmente”, explica.
Outro fator importante é conhecer bem a escola em que a criança vai começar sua vida escolar e, se possível, escolher criteriosamente a instituição de ensino. “É fundamental conversar com a diretora, coordenadora e psicólogos do colégio. Perguntar qual a abordagem, como é feita a adaptação escolar, quanto tempo as crianças têm livre para brincar, como funciona a resolução de conflitos entre as crianças e o acolhimento. Nessa hora, é mais importante a saúde emocional do que de fato a parte pedagógica”, enfatiza Priscilla.
A educadora parental salienta que os pais também precisam refletir sobre essas mudanças e sobre o crescimento natural dos seus filhos. “É necessário entender que a criança precisa aos poucos começar a experimentar o mundo sem a nossa total ingerência, que ela vai fazer seus novos vínculos, experimentar suas alegrias e desconfortos de socialização e que isso faz parte. A nós, resta estar sempre atentos e disponíveis emocionalmente para elas”, finaliza a educadora.