Assim como nas mulheres, a doença venosa também pode surgir nos homens e segue os mesmos fatores de risco como, por exemplo, hormônios, hereditariedade, obesidade, sedentarismo, porém, aparecendo neles com uma incidência menor. No entanto, isso não deve ser levado em conta quando é considerado o risco em cada grupo, já que em ambos, os problemas com varizes podem se agravar.
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As varizes são veias tortuosas e dilatadas que aparecem com mais frequência nos membros inferiores e mostram que há algum problema no retorno da circulação. Os sintomas costumam ser leves, por isso muitas pessoas levam tempo para procurar um especialista.
“A grande diferença entre homens e mulheres nesses casos é que o homem entende que os problemas de varizes e vasinhos seja algo estético. Normalmente, quando eles vêm ao consultório a doença venosa já está avançada, eles aparecem apenas quando já estão com varicosidades grandes e sempre trazidos pelas mulheres”, conta a cirurgiã vascular e angiologista Dra. Tatiana Losada.
Porém, diferente do que pode ser pensado, não são apenas as grandes varicosidades que sinalizam o problema. A especialista explica ainda que os pequenos vasinhos já podem ser sinais da presença da doença venosa. “Infelizmente os homens entendem sempre como algo estético e não é. Então, esse acaba sendo o grande alerta: que os homens acham que só têm a doença venosa quando estão com varicosidades bem grandes e ainda assim, alguns ainda entendem que é estética”, explica Tatiana.
A aparência é apenas um dos pontos que deve ser observado, já que quando o problema se agrava, outros sintomas surgem como cansaço, inchaço, dor e até mesmo trombose. Segundo um levantamento inédito produzido recentemente pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), mais de 425 mil brasileiros foram internados para tratamento de tromboses venosas entre janeiro de 2012 e maio de 2022. Os dados apontam que, todos os dias, em média 113 pessoas são internadas na rede pública para tratar o problema e o ano que mais registrou internações por tromboses venosas foi 2019, com 45.216 notificações.
Além disso, há ainda o receio do problema ser resolvido apenas com cirurgias. No entanto, atualmente esses tratamentos tiveram diversos avanços tecnológicos e técnicas não invasivas permitem que a recuperação aconteça de uma forma muito mais simples e natural, com atendimento no próprio consultório do profissional e a liberação do paciente para andar no mesmo dia.
Cirurgiã vascular Tatiana Losada
@dratatianalosada
Médica Especialista em Cirurgia Vascular e Angiologia
Especialista em tratamentos modernos de varizes e vasinhos
Formada pela Universidade de Uberaba – MG
Cirurgiã Geral pela Secretária de Saúde do Distrito Federal
Cirurgiã Vascular pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular e Angiologia