Para iniciar a avaliação do paciente que deseja perder peso, é preciso três pilares básicos: equilíbrio hormonal, dieta equilibrada e mudança da mentalidade. Antes de qualquer tratamento para emagrecer, o indivíduo deve compreender o que está envolvido com o ganho de peso, especialmente as doenças relacionadas com a obesidade.
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O que pode causar o ganho de peso
As alterações hormonais estão entre as principais causas do ganho de peso, seja pelo desenvolvimento do hipotireoidismo ou por conta de alguma doença que leva ao excesso de cortisol no organismo. O sedentarismo e o metabolismo lento também contribuem para engordar. Bem como a ansiedade, que pode aumentar o ritmo de alimentação sem que a pessoa perceba, aumentando os números na balança.
A Dra. Gabriela Iervolino, endocrinologista titulada pela SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), explica que o uso de algumas medicações também pode engordar. Ela cita principalmente escitalopram, lítio, quetiapina, paroxetina, mirtazapina entre outras.
Todos esses são remédios receitados por neurologistas ou psiquiatras e, portanto, são de fato necessários. “No entanto, eles podem fazer com que a pessoa tenha mais fome, resultando em ganho de peso. Neste caso, a sugestão é conversar com o especialista para ver se existe outra alternativa”, orienta a médica.
Depois que o profissional avalia a parte hormonal, e confirma se há ou não o uso de medicações que podem engordar, é necessário analisar a alimentação. É o momento de estipular dieta equilibrada, com a quantidade de nutrientes e proteínas adequada para perder peso.
“É preciso lembrar que a obesidade não significa que a pessoa seja bem nutrida, a maioria dos obesos são desnutridos, pois eles possuem excesso de peso, mas não tem quantidade de nutrientes, ou seja, vitaminas e proteínas, na medida adequada”, esclarece a Dra. Gabriela.
Mudança da mentalidade
Para perder peso de maneira definitiva, é preciso saber onde está errando e, em seguida, mudar os seus hábitos. “A parte principal é a mudança de mente. O paciente precisa enxergar a alimentação de outra forma e voltar a ter o controle sobre a escolha da sua dieta”, afirma a endocrinologista.
“Não é só o peso, mas a mudança de atitude conta muito, escolhendo alimentos mais saudáveis, com uma programação ideal na alimentação, hábitos saudáveis, prática de exercícios físicos. Para tudo isso, a mudança de mente é extremamente importante”, finaliza.