• 24/11/2024

Entenda por que nem todos os remédios curam doenças

Vamos refletir sobre alguns assuntos importantes neste contexto. Primeiramente, a singularidade de cada ser humano; em segundo plano, o mercado farmacológico; e, para finalizar, vamos analisar o quanto as pessoas trocam os bons hábitos por facilidades.

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Seres humanos são singulares

Já somos cerca de 8 bilhões de habitantes no planeta, e ninguém é igual a ninguém. Nossas individualidades nos colocam num status de “especiais”, não existem cópias, não existem as mesmas vontades, não existem reações idênticas. Se para tudo somos seres diferentes, por que pensamos que o mesmo remédio funcionaria igualmente em todos os organismos?

Seguindo com nossa reflexão, vejamos a estrutura de produção dos farmacológicos. Seria mais oneroso produzir remédios personalizados, portanto a indústria define as doses das drogas em cápsulas, e todos, ou quase todos, tomam a mesma quantidade. Será que isso é eficiente para a saúde ou para o lucro?

Busca por facilidade prejudica o corpo

Terminando, quero chamar a atenção para a busca do ser humano por facilidades. Que bom seria tomar um remedinho e emagrecer o quanto gostaríamos, que maravilha tomar um comprimido e ver nossas angústias desaparecerem, ou, ainda, que sensacional passar uma pomadinha e instantaneamente perceber as dores sumirem.

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Iludidas por essas irrealidades das facilidades, muitas pessoas deixam de movimentar seu corpo, escolher alimentos mais saudáveis, buscar ajuda psicológica, compartilhar carinho, amor e dosar seu tempo entre o trabalho e a vida familiar, social e pessoal. Isso, por sua vez, prejudica a sua saúde.

Gestos de carinho também ajudam a curar doenças
Gestos de carinho também ajudam a curar doenças

Foto: Shutterstock / Portal EdiCase

Afeto também é remédio

Assim, acredito que existam doenças que não são curáveis por remédios, mas são tratadas por um abraço, por uma frase de amor, por uma caminhada despretensiosa, por um gesto de caridade ou, até mesmo, por uma identificação consciente de que nossas limitações e fragilidades fazem parte de nós. Os caminhos dos bons hábitos nem sempre são os mais fáceis, mas certamente serão os mais eficientes e singulares. Experimente.

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Texto originalmente publicado na Revista Bicicleta (Edição 129).

Por Anderson do Prado-Pinduca

Psicanalista e personal trainer

 

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