• 28/04/2024

Efeitos da poluição na pele: entenda quais são e saiba como se proteger

A gente já sabe que os raios solares representam um grande perigo à pele, porém, recentemente, diversos estudos têm estudado os efeitos de um novo agente danoso: a poluição.

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Segundo a Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), várias pesquisas já mostram o impacto da poluição na saúde e aparência da pele, especialmente devido à presença de partículas e micropartículas que causam uma série de problemas.

“A grande questão é que a poluição libera metais pesados e tóxicos, que aderidos à pele, formam um grande contingente de radicais livres, com formação de espécies reativas de oxigênio, induzindo ao estresse oxidativo. Com isso, o corpo tenta se defender liberando mensageiros pró-inflamatórios em excesso, o que também traz como consequência o aumento do número de enzimas que degradam colágeno e elastina”, explica a médica.

As micropartículas, apesar de serem extremamente pequenas, possuem fortes agentes que se depositam na pele, levando à formação de radicais livres e ao comprometimento da barreira cutânea. “Provenientes de diversas fontes, inclusive dos combustíveis, fumaças, indústrias e queimadas, elas geram a produção de radicais livres de carbono, de nitrogênio e de oxigênio, todos danosos à pele”, conta a Dra. Paola.

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O resultado de todo esse processo é o aumento de doenças cutâneas inflamatórias (acne, dermatites e psoríase, por exemplo), e o envelhecimento da pele.

COMO SE PROTEGER DOS EFEITOS DA POLUIÇÃO NA PELE?

De acordo com a dermatologista, lavar a pele todos os dias, pela manhã e à noite, é uma das primeiras coisas que se deve fazer para garantir uma pele livre das partículas maiores de poluição. Entretanto, como as menores são capazes de adentrar os poros, cosméticos com substâncias antioxidantes e antipoluição também devem ser incluídos na rotina de skincare, especialmente se você mora em grandes centros urbanos, metrópoles e magalópoles.

” Com relação aos antioxidantes, sua atuação clássica é combater o excesso de radicais livres – e isso é interessante para impedir os danos da poluição. São exemplos de antioxidantes clássicos a vitamina C, vitamina E, resveratrol, niacinamida (Vitamina B3) e ácido ferúlico”, lista a especialista.

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Além disso, um filtro solar formulado com esses ingredientes é uma boa opção, pois ele favorece a formação de um filme de proteção sobre a pele, impedindo a penetração das micropartículas.

Um outro exemplo de ativo que age contra os efeitos da poluição é o Exo-P, um polissacarídeo altamente purificado de um micro-organismo da Polinésia Francesa e que pode ser manipulado em sabonete, espuma ou fluido de limpeza.

“Exo-P é um antipoluente que reduz a adesão das PM 2.5, além de ‘sequestrar’ metais pesados. Além disso, o ativo reduz a atividade dos radicais livres, protege a pele e a integridade celular contra os poluentes, inclusive fumaça de cigarro”, diz Maria Eugênia Ayres, gestora técnica da Biotec Dermocosméticos. A concentração de 1% do ativo já é o suficiente e seu uso é preferencialmente recomendado durante a noite ou conforme orientação médica.

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Para que a pele fique profundamente higienizada, a Dra. Paola sugere a utilização de esfoliantes e tônicos, sendo que a frequência ideal varia de pessoa para pessoa. ” Essas etapas se somam à limpeza e podem ajudar a reduzir a adesão dos poluentes”, afirma.

Após a limpeza, tanto durante a manhã quanto antes de dormir, é interessante aplicar cremes de tratamento anti-idade e antipoluição que sejam compostos por ingredientes como a vitamina C e a niacinamida. ” A vitamina C vai ajudar no reparo da pele, ao mesmo tempo em que estimula colágeno; enquanto a miacinamida possui ação hidratante e estimuladora do fibroblasto”, fala.

Já a respeito dos tratamentos estéticos, é importante lembrar que eles podem fazer toda a diferença no combate aos prejuízos provocados pela poluição, já que revitalizam a pele e reduzem o acúmulo de impurezas. “Nas clínicas, os procedimentos de limpeza de pele e microdermoabrasão podem ser feitos, desde que indicados pelo médico”, comenta a Dra. Paola.

(Boa Forma)

 

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