• 30/04/2024

É seguro tomar hidroxicloroquina contra o coronavírus (COVID-19)?

O uso de cloroquina e hidroxicloroquina para tratar a infecção pelo novo coronavírus ainda não é considerado seguro em todos os casos, sendo que o Ministério da Saúde do Brasil [1] apenas permite o uso da cloroquina sob orientação de um médico e nos casos mais graves da infecção por COVID-19.

Além disso, segundo o Ministério da Saúde, a cloroquina apenas poderá ser utilizada no hospital e durante o período de 5 dias. Nesse tempo, o paciente deve ficar internado e em observação contínua para avaliar o surgimento de possíveis efeitos colaterais graves, como problemas cardíacos ou alterações na visão, por exemplo.

De acordo com a Anvisa [2], a compra destes medicamentos na farmácia continua sendo permitida apenas com receitas médicas sujeitas a controle especial e para doentes de malária, lúpus e outras doenças que eram indicação destes medicamentos antes da pandemia de COVID-19. A auto-medicação com estes ou qualquer outro tipo de medicamento é uma prática perigosa que está desaconselhada independente da situação, já que pode trazer graves consequências para a saúde e colocar a vida em risco.

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Porque a hidroxicloroquina poderia tratar o coronavírus?

Segundo um estudo realizado in vitro na China [3], foi demonstrado que a cloroquina e a hidroxicloroquina conseguem impedir a entrada do novo coronavírus, o SARS-CoV-2, nas células, assim como inibir seu transporte entre as organelas celulares, reduzindo a capacidade do vírus para se multiplicar.

Da mesma forma, outro estudo desenvolvido na França [4], também mostrou que a hidroxicloroquina parece ser capaz de reduzir a carga viral em pessoas infectadas e que, quando está associada à azitromicina, pode levar a resultados ainda mais promissores.

Porém, é importante ressaltar que as amostras de pacientes utilizadas nestes estudos foram bastante reduzidas e que nem todos obtiveram resultados positivos com o uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina. Assim, é necessário fazer mais investigações e com um número maior de pacientes, para afirmar que essas substâncias são, de fato, eficazes e seguras para tratar o novo coronavírus.

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Uma vez que são necessários mais estudos, a Anvisa desaconselha a utilização destas substâncias para o tratamento do coronavírus e reforça que, para que sejam incluídas novas indicações terapêuticas em medicamentos já existentes, é necessário realizar mais estudos clínicos numa amostra maior de pacientes.

Contraindicações da hidroxicloroquina

A hidroxicloroquina e a cloroquina estão contraindicadas para qualquer condição que não tenha orientação de um médico, pois podem causar efeitos colaterais graves como alterações no sangue, problemas cardíacos e, até, cegueira. Dessa forma, não devem ser utilizadas como forma de auto-medicação para tratar ou prevenir a infecção pelo novo coronavírus.

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Embora a hidroxicloroquina e a cloroquina já estejam aprovadas para o tratamento de algumas condições específicas, como a malária, o lúpus, a artrite reumatoide e certas doenças da pele e reumatológicas, isso não significa que sejam seguras para utilizar no tratamento de novas doenças, já que são sempre necessários estudos com as novas populações para entender a sua segurança.

Além de ser um risco para a saúde de quem toma o medicamento sem indicação do médico, é também um risco para as pessoas que podem ficar sem esse medicamento para o tratamento de outras doenças.

(Portal Tua Saúde)

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