Destaque DF Se você abrir um dicionário ou jogar no Google a palavra “autocuidado”, vai entender que ela representa um conjunto de ações ou procedimentos de um indivíduo destinado à manutenção da vida, da saúde e do bem-estar.
O psicólogo clínico e organizacional, Fredy Figner, explica que todas essas atitudes são para promover as melhores escolhas, autocuidado e qualidade de vida mais voltadas à felicidade. “Então, uma relação profissional, amorosa, de amizades ou de qualquer esfera que nos vampirize, diminua ou não nos eleva é uma relação que afeta o autocuidado e nossa autoestima.”
Como identificar que alguém te faz mal?
Já parou para reparar quando aquele amigo te manda mensagem seu humor muda para pior, ou quando aquele parente chega no evento de família e você imediatamente já quer sair de lá? Você, sem perceber, sabe que essas pessoas te fazem mal, seja pela forma que te tratam ou como se comportam. “Pessoas que através da ironia, controle, agressões – em todos os níveis – e que nos desqualificam, são aquelas que afetam a nossa autoestima e saúde mental. Simplesmente porque elas aumentam o nosso nível de tristeza e ansiedade”, exemplifica Figner. “As pessoas que nos querem bem nos valorizam, nos engrandecem e nos incentivam a termos atitudes boas conosco e com os demais”, completa.
Momento de se afastar
Se você percebeu que está nessa situação com alguém na sua vida, mas não sabe o que fazer para se afastar, calma, nós te ajudamos! O psicólogo afirma que as pessoas tóxicas ou manipuladoras se vitimizam, deixando a relação difícil de ser cortada, mas é preciso vencer esse ciclo. “A vida passa muito rápido para estar ao lado de quem não nos faz bem. Aprender a dizer sim para você, e não para o outro.”
Comportamentos
A espiritualista e mística Kélida Marques também explica quais são os comportamentos tóxicos dessas pessoas e como se livrar delas.
1 – Pessoas manipuladoras: “Essas pessoas tentam, a todo custo, mudar o nosso jeito de pensar e agir. Limite as conversas para não se deixar manipular e mantenha a calma, não cedendo a chantagens ou vitimismo”.
2 – Pessoas negativas: Se há alguma pessoa próxima de você – no trabalho, em casa ou nas amizades – que não para de reclamar, a melhor coisa para acabar com essa tagarelice constante é evitar qualquer situação em que a cena se repita. “Diga que você tem que ir e encerre a conversa. Não se sinta mal por isso”, explica a espiritualista.
3 – Pessoas egocêntricas: Sabe aquela pessoa que não perde a chance de ser o centro das atenções em todos os momentos? Para a mística, a melhor maneira de lidar com isso é evitar. “Se você está tendo dificuldade em lidar com esse tipo de pessoa, afaste-se. Se você gosta muito dessa pessoa, pode até falar com ela sobre como se sente todas as vezes que ela/ele tenta chamar toda atenção para si.”
4 – Pessoas ignorantes: Há pessoas que constantemente tomam más decisões e, quando você tenta dar bons conselhos, eles o ignoram. Essas pessoas não gostam de remediar as coisas, então, pare de oferecer soluções aos seus problemas. Nesse caso, você terá que restringir os momentos com eles para que você não absorva a negatividade que professam.
Mas e se for minha família?
Em muitos casos, essas pessoas que fazem mal são da sua família, e Figner entende que os dramas familiares são diversos. Mas “vale lembrar que nossos pais, irmãos, primos e familiares são seres humanos, e podem expressar o seu melhor ou pior da natureza humana. “É uma fantasia infantil acreditar que todos os nossos familiares são perfeitos e que vão suprir todas as nossas necessidades”, destaca. Mas caso as atitudes desse membro da família estejam afetando sua saúde mental, o psicólogo recomenda que é protetivo e sadio se manter longe. Além de diminuir a expectativa de receber um amor deste familiar tóxico e perceber que cada um só oferece o que tem dentro de si.
Amor-próprio e autocuidado
O amor-próprio e a autoestima são desenvolvidos por meio do autoconhecimento e autocuidado. A autoestima está associada à crença do valor que temos, que merecemos felicidade, amor e sucesso. Para Figner, tanto a autoestima quanto a autoconfiança podem ser desenvolvidas com ações como: parar de dizer coisas que te deixam abalado e para baixo, ter amigos que nos fazem bem, ter um trabalho significativo, dizer o que pensa e atende suas necessidades. “A vida passa rápido, e justamente no tempo da nossa existência é o tempo que devemos cuidar e nós mesmos com as melhores escolhas e pessoas que nos fortaleçam”, finaliza.
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