Responsável por conduzir a busca e apreensão contra o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, do MDB, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos afirmou, durante entrevista gravada para o portal de notícias Poder 360 no dia 20 de janeiro, que as investigações ainda não havia encontrado provas de uma suposta conivência ou ajuda do emedebista aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que depredaram às sedes dos Três Poderes da República na tarde do dia 8 de janeiro deste ano.
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“Nós estamos investigando para saber a extensão dos fatos e verificarmos se há, ou se houve, alguma conduta punível do governador afastado”, disse o subprocurador ao site.
Segundo Carlos Frederico, a operação de busca e apreensão na casa, no gabinete e no antigo escritório de advocacia de Ibaneis foi realizada visando obter ‘elementos suficientes’ para denunciar Ibaneis Rocha.
“Não temos ainda elementos suficientes para oferecer qualquer denúncia, senão nós não teríamos pedido a busca e apreensão”, apontou o magistrado.
Ao concluir a sua fala sobre a suposta participação ou envolvimento de Ibaneis com os atos antidemocráticos do dia 8, o subprocurador ressaltou que somente após a análise dos materiais e equipamentos apreendidos pela operação é que a PGR poderá apresentar denúncia ou não contra o governador afastado.
Antecipação do retorno
As declarações de Carlos Frederico reforçam as evidências e os apontamentos feitos por juristas e advogados de que Ibaneis Rocha foi afastado arbitrariamente e sem nenhuma prova cabal de seu envolvimento.
No mundo jurídico, os operadores do Direito avaliam que o afastamento de Ibaneis do cargo deve se encerrar antes dos 90 dias, ainda mais que ele tem colaborado com as investigações. Especula-se que até antes do carnaval, o emedebista já esteja de volta.
Já no meio político, a entrevista do subprocurador caiu como um balde de água bem fria, pois sem provas, os pedidos de impeachment que foram protocolados pela oposição na Câmara Legislativa do DF (CLDF) perdem força e até mesmo a CPI criada fica ofuscada, uma vez que distritais contrários ao governo querem usar o colegiado como palanque para politicagem.
(Expressão Brasiliense)