• 31/10/2024

Onyx admite caixa dois e pagará R$ 189 mil para encerrar investigação

Investigação havia sido requerida pela PGR no STF, tendo como base a delação feita por executivos da JBS

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, fechou um acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) em que confessou ter recebido recursos de caixa 2 nas eleições de 2012 e 2014 e pagará uma multa de 189 mil reais para encerrar a causa, segundo nota da defesa do político e uma fonte da PGR com conhecimento do assunto.

A investigação contra Onyx, que é deputado federal licenciado, havia sido requerida pela PGR no Supremo Tribunal Federal (STF), tendo como base a delação feita por executivos da JBS, a processadora de carne controlada pelo grupo J&F.

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“A defesa do deputado federal Onyx Lorenzoni firmou acordo de não-persecução penal com a Procuradoria-Geral da República. Ele admitiu o recebimento de doações em sua campanha eleitoral para deputado federal e pagará R$ 189 mil como prestação pecuniária, recursos que buscará através de empréstimo bancário”, informou a defesa dele.

Os advogados do ministro disseram que ele decidiu procurar as autoridades com a intenção de colaborar e dar um desfecho final ao processo. “Recordamos também que, quando a delação da JBS veio a público, o deputado Onyx desconhecia a origem do recurso”, reforçou a defesa.

Ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro e um dos coordenadores da campanha dele à Presidência em 2018, Onyx foi um dos relatores das 10 medidas de combate à corrupção na Câmara dos Deputados.

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O acordo de não-persecução penal firmado pela defesa com a PGR é o primeiro da gestão Augusto Aras. Na prática, o Ministério Público desiste de tentar qualquer tipo de punição contra Onyx, que, ao admitir o delito, pagará uma multa.

A fonte da PGR disse à Reuters que Onyx admitiu ter recebido, de forma não contabilizada, 100 mil reais da JBS quando era presidente do DEM gaúcho nas eleições municipais de 2012 e outros 200 mil reais do mesmo grupo quando concorreu a deputado federal em 2014.

O documento com o acordo foi encaminhado ao ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo, a quem cabe homologar os termos do acerto.

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(Reuters)

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