O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta terça (4) da 62ª cúpula de líderes do Mercosul, na cidade argentina de Puerto Iguazú, ocasião em que assume o comando rotativo do bloco durante seis meses.
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Seu principal desafio na presidência do Mercosul será destravar o acordo comercial com a União Europeia, que incomodou os países sul-americanos ao propor um documento adicional com punições em caso de descumprimento de normas ambientais.
Lula deseja resolver o impasse ainda neste ano, mas este não será o único tema em pauta. Em reunião dos ministros econômicos dos países-membros, o argentino Sergio Massa propôs a realização de trocas comerciais dentro do bloco através de uma moeda local.
“O uso de moedas locais, em tempos de crise, alivia a pressão sobre a utilização das reservas”, disse o ministro. Além disso, Argentina e Brasil tentam demover o Uruguai da ideia de negociar um acordo bilateral com a China, projeto que poderia inundar os países da região com produtos baratos beneficiados por isenções alfandegárias.
Durante live semanal transmitida em suas redes sociais, Lula ainda disse que os países do Mercosul não aceitarão “imposições” por parte da UE.
O presidente acredita que “ninguém no mundo” tem autoridade moral para discutir a questão da energia limpa com o Brasil.