Os policiais civis, PMs e bombeiros estão lutando há alguns anos por melhorias em seus salários. Nesta quarta-feira (09), houve uma reunião entre representantes do governo federal, parlamentares e representantes das forças militares dos estados e Distrito Federal para tratar da proposta enviada ao Congresso Nacional, PL 1645/2019, que trata da reforma da previdência dos militares.
Aproveitando a ocasião, a questão do reajuste salarial e reestruturação do plano de carreira dos militares do DF também foi discutida rapidamente na mesa.
Para o coordenador da bancada do DF e vice-líder do governo no Senado, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), as três forças de segurança local merecem atenção especial por estar à frente de atender a capital federal. O parlamentar participou da reunião que foi mediada pelo general Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, e informou que os PMs e bombeiros não se sentem contemplados pelo PL 1645/2019.
O general Ramos deixou claro que o propósito do governo é atender a todos com a reforma da previdência. “A meta do governo é fazer uma reforma que seja ideal para o Estado e justa para os militares”, apontou Ramos.
Os PMs e bombeiros estão reivindicando que o governo promova o plano de reestruturação da carreira e conceda o tão aguardado reajuste salarial para as duas categorias. O GDF encaminhou o pedido de recomposição salarial apenas para os policiais civis e deixou de fora as duas corporações militares do DF.
Izalci Lucas vem trabalhando incansavelmente para que o governo atenda às três categorias. “Nós temos que buscar um meio termo para resolver esse impasse. Vamos chegar a uma redação que atenda à todos”, destacou o parlamentar. Para ele, o governo Bolsonaro já sinalizou que há a intenção de chegar a um denominador comum.
Para o coronel Elias Müller, que participou da reunião representando as entidades de policiais militares, para que as forças de segurança do DF sejam contempladas é preciso que o governo enviei um projeto para o Congresso Nacional que trate somente das três corporações.
A reunião terminou sem um consenso quanto à reforma da previdência dos militares e o secretário especial da Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, marcou um outro encontro para esta quarta-feira, às 18h, para tentar sanar todas as dúvidas e atender às reivindicações de todas as categorias.
Para o senador Izalci Lucas, ao concluir essa fase de ajustes da proposta, os esforços deverão ser concentrados em buscar apoio dos demais parlamentares no Congresso Nacional.
“Não vou aceitar nenhuma proposta que prejudique as forças de segurança pública do Distrito Federal. O PL 1645 precisa trazer novas conquistas para os PMs e Bombeiros e não prejuízos aos direitos já garantidos”, afirmou o senador.
Participaram da reunião, os comandantes das Polícias Militar do DF, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Goiás, os comandantes do Corpo de Bombeiros do DF, Minas Gerais e Goiás, o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, além de policiais e bombeiros dos estados citados.
Na próxima sexta-feira (11), às 10h, a bancada do Distrito Federal realiza uma reunião para tratar do PL 1645/2019, no plenário 19, ala Alexandre Costa, Senado Federal.