O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que não vai tomar uma futura vacina contra Covid-19 e disse acreditar que o Congresso Nacional não vá criar problemas para as pessoas que não quiserem se vacinar.
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“Eu digo para vocês, eu não vou tomar, é um direito meu e tenho certeza que o Parlamento não vai criar dificuldades para quem porventura não queira tomar a vacina porque quem não tomar a vacina –se ela for eficaz, duradoura e confiável– está fazendo mal para si mesmo”, disse Bolsonaro, em transmissão pelas redes sociais.
Bolsonaro, que já foi infectado pelo Covid-19, atacou novamente o governador de São Paulo e adversário político, João Doria (PSDB), e insinuou que haveria interesses escusos dele ao tentar obrigar que se realize uma imunização nacional com a CoronaVac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac e que no país está será produzida pelo Instituto Butantan, ligado ao governo estadual.
Para o presidente, obrigar o cidadão a tomar uma vacina ou impedir quem não queira de tirar passaporte, viajar de avião ou ingressar no serviço público seria uma ditadura.
Bolsonaro afirmou que o plano nacional de vacinação contra Covid-19 está praticamente pronto. Ele destacou que a vacina terá de passar pela aprovação da Anvisa, que é um “órgão sério”, citando o trabalho do diretor-presidente do órgão, Antonio Barra Torres.
TABU DA MÁSCARA
Na transmissão, o presidente atacou órgãos de imprensa pelas críticas que têm feito a posições que ele tem adotado em relação ao enfrentamento da pandemia e citou o uso das máscaras como “último tabu” em relação a medidas para conter o avanço do Covid-19.
“A questão da máscara, eu não vou falar muito porque ainda vai ter um estudo sério falando da efetividade da máscara, se ela protege 100%, 80, 90, 10, 4 ou 1%. Vão chegar a esse estudo. Então, acho que falta apenas o último tabu a cair”, disse ele, ao lado de outras três pessoas também sem máscara durante a transmissão.
O uso da máscara tem sido um dos principais consensos entre autoridades de saúde para conter a propagação do vírus.
(Reuters)