• 22/11/2024

Desembargador do TJDFT mantém Arruda inelegível e fora da disputa ao GDF

Para quem estava torcendo e vibrando com uma possível volta do ex-governador José Roberto Arruda, do PL, ao jogo político do DF, a decisão tomada pelo desembargador Ângelo Passareli, primeiro-vice-presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), na manhã desta segunda (6), foi um balde de água fria. O magistrado indeferiu o pedido da defesa de Arruda que tentou suspender uma condenação contra ele por improbidade administrativa.

Veja também

Justiça Eleitoral disponibiliza lista de devedores de multa eleitoral

A derrota no TJDFT mantém o ex-governador fora da disputa ao Palácio do Buriti nas eleições deste ano como vinha sendo divulgado por seus apoiadores nos quatro cantos do DF. Os arrudistas passaram o último fim de semana fazendo festa e zombando da cara de quem está do outro lado afirmando que ‘Zé Roberto’ iria vencer a corrida ao GDF já no 1º turno.

Leia também   Confraternização de fim de ano celebra 8 anos de fundação da ABBP

Políticos e interlocutores do ex-governador contavam com mais uma vitória de seus advogados no TJDFT. Porém, com a decisão do desembargador Ângelo Passareli, que é conhecido no meio jurídico por sempre se posicionar de forma técnica nos processos em que atua, de rejeitar o pedido de efeito suspensivo de sua condenação, Arruda continua inelegível.

Em sua decisão, Passareli mencionou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já se posicionou sobre o tema no sentido de que a retroatividade de uma lei não se enquadra no caso do ex-governador.

Leia também   Aprovado projeto que vai oferecer subsídio para pagamento de entrada da casa própria

Apesar das recentes vitórias na Justiça, Arruda dependia dessa decisão para poder se candidatar mesmo correndo o risco de ter que sair da disputa eleitoral na última hora. Segundo fontes próximas ao ex-governador, ele estava disposto a peitar a Justiça e se desse errado, jogar a esposa, a deputada Flávia Arruda, também do PL, na fogueira como fez com o saudoso médico e ex-deputado Jofran Frejat em 2014.

Arruda e seu grupo deve agora juntar os cacos e avaliar quais serão os próximos passos a serem dados. Dentro da base governista, a sensação de que o ex-governador iria romper com Ibaneis Rocha e entrar na disputa ao GDF estava sendo aguardada. O clima estava pesado, principalmente, porque Arruda e Flávia continuaram participando de eventos públicos ao lado do emedebista.

Leia também   Especialista em direito empresarial e societário dá dicas de como evitar disputas judiciais em tempos de pandemia e inflação alta

Diante desse novo cenário, como não houve nenhuma tratativa no sentido de acabar com a aliança, o mais provável é que a deputada Flávia Arruda prossiga como candidata de Ibaneis ao Senado em sua chapa. No entanto, se o marido da ex-ministra persistir com as investidas e articulações por debaixo dos panos, certamente, ela será substituída por Paulo Octávio, ex-vice de Arruda e aliado de primeira hora do governador Ibaneis Rocha.

Nesse jogo do xadrez político, as últimas mexidas no tabuleiro deixaram o emedebista numa posição bem confortável, pois agora é ele quem tem a chance de dar o xeque-mate no casal Arruda. Ou estão com ele ou pulam fora do barco. E agora, José?

Read Previous

Eu não sou mãe chata!

Read Next

Musk acusa Twitter de reter informação e ameaça desistir da compra