A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), disse nesta terça-feira que o governo federal indicará toda a cúpula da Secretaria de Segurança Pública para seguir os trabalhos após o fim da intervenção em vigor desde os atos golpistas de 8 de janeiro, incluindo o substituto do antigo secretário, Anderson Torres.
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De acordo com a governadora, a preocupação neste momento é garantir a segurança da posse de deputados e senadores, marcadas para o dia 1⁰ de fevereiro. No dia dos ataques, os terroristas invadiram e destruíram os prédios do Congresso, Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.
Pelo decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a intervenção federal terminará no dia 31 de janeiro e, segundo a governadora, não há previsão de ser estendida.
Celina Leão diz que tem conversado com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e com o interventor Paulo Cappelli sobre a continuidade dos trabalhos e a manutenção da equipe que assumiu a Segurança Pública após os atos. Segundo ela, o grupo está fazendo o planejamento para o dia da posse dos parlamentares e início do ano legislativo.
“Vamos dar toda a continuidade para que no dia 1º, nas posses dos deputados federais, a gente tenha todo um planejamento de segurança, que começa a ser feito agora. Estamos nesse período de transição e de afinidade para que a gente não tenha nenhuma surpresa e darmos toda a tranquilidade para esse dia, que é o dia da democracia que nossos senadores e deputados federais tomarão posse”, disse a governadora durante o lançamento de obras de um viaduto no Jardim Botânico.
Fim da intervenção pode ser antecipada
A antecipação do fim da intervenção não está descartada, como já havia afirmado o ministro da Justiça. A governadora diz que tem o compromisso de acatar todos os nomes indicados pelo governo federal para a cúpula da Secretaria de Segurança do DF.
“Até o secretário será escolhido pelo governo federal. Eles têm dialogado conosco, colocado a possibilidade de vários nomes. O que deixar o governo federal mais confortável, nós teremos toda a firmeza para mantermos o nome”, disse.
Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres assumiu a secretaria de Segurança Pública do DF no dia 2 de janeiro. Ele já havia ocupado o cargo no primeiro mandato de Ibaneis. Entretanto, Torres saiu de férias e o cargo passou a ser exercido de forma interina por Fernando de Sousa Oliveira.
Torres foi exonerado por Ibaneis ainda no domingo dos atos golpistas. Depois, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal na segurança do Distrito Federal, com críticas à atuação da polícia. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes já decretou, no dia dos atos golpistas, o afastamento de Ibaneis do cargo por 90 dias.
(Agência O Globo)