Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a liberação de seu passaporte. O motivo seria uma viagem para Israel, a convite do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A solicitação foi feita na semana passada, antes da descoberta de que o ex-presidente passou duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília.
Na petição, os advogados de Bolsonaro anexaram um convite assinado por Netanyahu para justificar a viagem. No documento, o primeiro-ministro de Israel pede que o ex-presidente do Brasil visite o país entre 14 e 18 de maio.
Se a possibilidade de liberação do passaporte já era pequena, talvez agora se torne ainda menor. Isso porque, na última segunda-feira, 25, o The New York Times revelou que Bolsonaro foi para a embaixada da Hungria poucos dias após ter tido o passaporte apreendido na operação Tempus Veritatis, que investiga uma supsota tentativa de golpe de Estado.
![Ex-presidente teve passaporte apreendido](https://p2.trrsf.com/image/fget/cf/774/0/images.terra.com/2024/03/25/bolsonaro-1h7zt69bgmjp3.jpg)
Logo após as imagens das câmeras da embaixada serem veiculadas na mídia, Moraes, como relator da investigação, pediu explicações do ex-presidente. Em ofício, os advogados de Bolsonaro responderam que o político sempre teve boa relação com as autoridades húngaras.
“[Bolsonaro] sempre manteve interlocução próxima com as autoridades daquele país, tratando de assuntos estratégicos de política internacional de interesse do setor conservador”, diz nota. O corpo jurídico do ex-presidente ainda afirma ser “ilógico” pensar em tentativa de fuga.
“Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário [Bolsonaro] à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada”, destaca o comunicado.
(Portal Terra)