• 03/05/2024

Bolsonaro nega ter tomado vacina contra a covid-19 e se diz surpreso com operação da PF

ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, em entrevista à imprensa, do lado de fora de sua casa em Brasília, que não tomou a vacina contra a covid-19, e se mostrou surpreso com a motivação para a operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira, 3.

Veja também

Ibaneis comemora aprovação de sua gestão pela população e oficializa reajuste para servidores do GDF

“O objetivo da busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro: cartão de vacina. O que eu tenho a dizer a vocês: Eu não tomei a vacina, foi uma decisão pessoal minha depois que eu li a bula da Pfizer. O cartão de vacina da minha esposa também foi fotografado. Ela tomou a vacina nos Estados Unidos, a Janssen”, disse o ex-presidente em entrevista à CNN.

“E a outra é minha filha, eu respondo por ela, Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também, tenho o laudo médico no tocante a isso. No resto, eu realmente fico surpreso com uma busca e apreensão com esse motivo. Eu não tenho mais nada o que falar”, continuou.

Em seguida, o ex-presidente saiu de carro, acompanhado de advogados e assessores.

Posicionamento de Michelle Bolsonaro

A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro falou sobre a operação por meio da sua conta no Instagram. Ela disse que a família foi supreendida e ainda usou um trecho da Bíblia para falar sobre o caso.

Leia também   Reforma administrativa aumenta os poderes de Bolsonaro

“Hoje a PF fez uma busca e apreensão na nossa casa, não sabemos o motivo e nem o nosso advogado não teve acesso aos autos”, escreveu. Segundo ela, apenas o celular do marido foi apreendido.

“Ficamos sabendo, pela imprensa, que o motivo seria ‘falsificação de cartão de vacina’ do meu marido e de nossa filha, Laura. Na minha casa, apenas EU fui vacinada”, escreveu Michelle da função Stories do Instagram.

Operação Venire

operação que prendeu Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), investiga um suposto esquema de inserção de dados falsos em carteiras de vacinação contra a covid-19, em sistemas do Ministério da Saúde. Intitulada de Venire, a ação realizada pela Polícia Federal foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, dentro do inquérito das ‘milícias digitais’.

Leia também   Estado de calamidade pública prorrogado até junho

Ao todo foram presas seis pessoas, entre elas estão:

• Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;

• Max Guilherme, ex-sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e segurança do ex-presidente;

• Sergio Cordeiro, também segurança de Bolsonaro;

• João Carlos de Souza Brecha, secretário municipal de Saúde de Duque de Caxias (RJ).

Além disso, também foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão. Entre os endereços alvo, estão o do ex-chefe do Executivo. No local, a PF apreendeu o celular dele, e o de Michelle Bolsonaro teria sido poupado.

Leia também   Bolsonaro sanciona projeto que revoga Lei de Segurança Nacional

A investigação apura a falsificação de dados das seguintes carteiras de vacinação:

• Jair Bolsonaro;

• Laura Bolsonaro, filha do ex-presidente;

• Mauro Cid, além da mulher e filha dele.

A operação é deflagrada em Brasília e no Rio de Janeiro. Conforme a PF, os dados falsos foram supostamente inseridos, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde. O objetivo era burlar  as restrições sanitárias vigentes impostas pelo Brasil e Estados Unidos. Bolsonaro foi para os EUA no final de seu mandato, juntamente com os dois seguranças presos.

(Portal Terra)

Read Previous

Celulares de Bolsonaro e Michelle são apreendidos em operação da PF

Read Next

Gmail ‘copia’ Twitter e vai adicionar selo azul de verificação para usuários