• 24/11/2024

Bolsonaro nega ter tomado vacina contra a covid-19 e se diz surpreso com operação da PF

ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, em entrevista à imprensa, do lado de fora de sua casa em Brasília, que não tomou a vacina contra a covid-19, e se mostrou surpreso com a motivação para a operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira, 3.

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“O objetivo da busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro: cartão de vacina. O que eu tenho a dizer a vocês: Eu não tomei a vacina, foi uma decisão pessoal minha depois que eu li a bula da Pfizer. O cartão de vacina da minha esposa também foi fotografado. Ela tomou a vacina nos Estados Unidos, a Janssen”, disse o ex-presidente em entrevista à CNN.

“E a outra é minha filha, eu respondo por ela, Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também, tenho o laudo médico no tocante a isso. No resto, eu realmente fico surpreso com uma busca e apreensão com esse motivo. Eu não tenho mais nada o que falar”, continuou.

Em seguida, o ex-presidente saiu de carro, acompanhado de advogados e assessores.

Posicionamento de Michelle Bolsonaro

A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro falou sobre a operação por meio da sua conta no Instagram. Ela disse que a família foi supreendida e ainda usou um trecho da Bíblia para falar sobre o caso.

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“Hoje a PF fez uma busca e apreensão na nossa casa, não sabemos o motivo e nem o nosso advogado não teve acesso aos autos”, escreveu. Segundo ela, apenas o celular do marido foi apreendido.

“Ficamos sabendo, pela imprensa, que o motivo seria ‘falsificação de cartão de vacina’ do meu marido e de nossa filha, Laura. Na minha casa, apenas EU fui vacinada”, escreveu Michelle da função Stories do Instagram.

Operação Venire

operação que prendeu Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), investiga um suposto esquema de inserção de dados falsos em carteiras de vacinação contra a covid-19, em sistemas do Ministério da Saúde. Intitulada de Venire, a ação realizada pela Polícia Federal foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, dentro do inquérito das ‘milícias digitais’.

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Ao todo foram presas seis pessoas, entre elas estão:

• Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;

• Max Guilherme, ex-sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e segurança do ex-presidente;

• Sergio Cordeiro, também segurança de Bolsonaro;

• João Carlos de Souza Brecha, secretário municipal de Saúde de Duque de Caxias (RJ).

Além disso, também foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão. Entre os endereços alvo, estão o do ex-chefe do Executivo. No local, a PF apreendeu o celular dele, e o de Michelle Bolsonaro teria sido poupado.

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A investigação apura a falsificação de dados das seguintes carteiras de vacinação:

• Jair Bolsonaro;

• Laura Bolsonaro, filha do ex-presidente;

• Mauro Cid, além da mulher e filha dele.

A operação é deflagrada em Brasília e no Rio de Janeiro. Conforme a PF, os dados falsos foram supostamente inseridos, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde. O objetivo era burlar  as restrições sanitárias vigentes impostas pelo Brasil e Estados Unidos. Bolsonaro foi para os EUA no final de seu mandato, juntamente com os dois seguranças presos.

(Portal Terra)

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