• 28 de março de 2024

Bolsonaro ao ser cobrado por auxílio: ‘Pede pro governador’

A visita do presidente Jair Bolsonaro ao litoral de Santa Catarina começou com aglomeração e cobrança por uma nova rodada do auxílio emergencial, em meio à pandemia de covid-19. Neste sábado, 13, Bolsonaro desembarcou em São Francisco do Sul, onde deve ficar até terça-feira, 16, para atividades de lazer e reuniões políticas.

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Ao chegar à cidade catarinense, o presidente parou em diferentes pontos para cumprimentar apoiadores, que se aglomeraram para tirar fotos e conversar com o chefe do Executivo federal. Sem máscara, Bolsonaro deu a mão para simpatizantes, tirou fotos e pegou crianças no colo. No público, havia pessoas sem o equipamento de proteção contra o vírus no rosto.

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Segundo o governo estadual, Santa Catarina perdeu 6.686 vidas para o novo coronavírus até esta sexta-feira, 12. A região que Bolsonaro visita foi classificada no último boletim elaborado pela Secretaria de Saúde do Estado como de “risco potencial gravíssimo”, ou seja, registra alta ocorrência de mortes e os índices apontam para a expansão da pandemia.

Ao cumprimentar apoiadores, Bolsonaro foi questionado sobre o auxílio emergencial. Mais uma vez, o presidente da República responsabilizou governadores pelo fechamento das atividades econômicas e a pressão pelo socorro assistencial. Após ser eleito, em 2018, o chefe do Planalto rompeu com o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), que perdeu apoio da base bolsonarista no Estado após adotar medidas de isolamento social.

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“Quem foi que tirou teu emprego? Tá gravando? Pode gravar. Você quer o auxílio? Pede para o governador”, afirmou o presidente a uma mulher que o questionou sobre o pagamento em meio aos apoiadores. “Quem fechou tudo, fui eu ou foi o governador? Quem fechou o comércio, fui eu ou o governador? Eu tô te perguntando: quem foi que tirou teu emprego?”.

Pressionado pelo avanço da doença e pela falta de uma vacinação ampla contra a covid-19, o governo deve retomar o pagamento do auxílio a partir de março. Para isso, negocia com o Congresso a aprovação de uma agenda fiscal de redução de gastos, ainda sem garantias de votação, para compensar a despesa.

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Nesta semana, Bolsonaro condicionou a volta do auxílio à abertura total do comércio, apesar de o benefício ter sido criado para socorrer trabalhadores informais e desempregados no isolamento social. A maioria das pessoas que recebeu o presidente manifestou apoio. No meio da aglomeração, porém, uma mulher xingou o chefe do Planalto. Simpatizantes bolsonaristas reagiram e devolveram o ataque. A Presidência da República não divulgou uma agenda oficial no local.

(Estadão Conteúdo)

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