O anúncio do GDF de que serão destinadas 3 mil doses de cada nova remessas da vacina contra o coronavírus aos vigilantes que estão na “linha de frente”, até que todos estejam imunizados, foi comemorado pelos deputados distritais durante a sessão remota da Câmara Legislativa desta quarta-feira (16). A informação foi levada ao plenário virtual pelo presidente da Casa, deputado Rafael Prudente (MDB). Antes, o deputado Chico Vigilante (PT), que vem fazendo esforços para incluir a categoria entre as prioridades, havia lamentado a morte de mais um profissional que prestava serviço de segurança privada no Distrito Federal.
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“Desde o início da pandemia, os vigilantes lidam diretamente com o público e apenas aqueles que trabalham nas unidades de saúde foram vacinados até aqui. Por isso, é importante a decisão do governo”, argumentou Prudente. Desse modo, espera-se que em pouco mais de um mês estejam imunizados todos os profissionais “que têm carteira assinada”. A “conquista” dos vigilantes também foi elogiada pela deputada Júlia Lucy (Novo) e pelos deputados Hermeto (MDB) e Robério Negreiros (PSD), líder e vice-líder do governo na CLDF, respectivamente.
A notícia também fez com que os distritais chamassem a atenção para outros grupos que consideram prioritários. Chico Vigilante lembrou dos comerciários, no que foi apoiado por Júlia Lucy. O deputado Professor Reginaldo Veras (PDT) fez gestões pela inclusão dos professores das escolas privadas, já que o plano local somente prevê os educadores da rede pública, sendo respaldado pelo colega Leandro Grass (Rede), que comentou ainda reportagem do Jornal de Brasília dando conta de que militares da ativa a partir de 43 anos de idade estariam sendo imunizados indiscriminadamente no DF.
Convencer para vacinar
Lucy também reclamou das pessoas que agendam a vacinação e não comparecem aos postos. “É uma falta de respeito com quem quer se vacinar. É um ato desumano. Se não deseja receber os fármacos, não marque”, sugeriu, observando ser necessário avaliar o estabelecimento de uma sanção para esses casos.
Sobre essa questão, a deputada Arlete Sampaio (PT) foi mais enfática ao afirmar que é necessário convencer a população a se imunizar. “Dependemos de mais de 70% da população imunizada para cortar a transmissão do vírus”, alertou, defendendo que o governo faça campanhas publicitárias nesse sentido, “principalmente, chamando para a segunda dose”.
“Passeio” dos venezuelanos
Diante da notícia divulgada pelo site Metrópoles de que jogadores venezuelanos, na cidade para a Copa América, testados positivamente para o coronavírus deixaram o hotel e deram passeio em Brasília, Arlete criticou o que considerou “uma falta de controle dos órgãos sanitários do Distrito Federal”. A parlamentar também condenou a realização de jogos da competição na cidade. Na mesma linha, o deputado Fábio Felix (Psol) acrescentou que a Secretaria de Saúde “precisa responder se a atitude dos atletas não representa risco sanitário”. Na avaliação dele, não há monitoramento adequado sobre a proliferação do vírus por parte do o governo local.
(Agência CLDF)