Por Fabiana Oliveira
O contraste financeiro entre os pretendentes a uma vaga na Câmara Legislativa do Distrito Federal nas eleições de 2022 pode ser constatado ao se fazer uma simples consultas nos dados dos candidatos divulgados pela Justiça Eleitoral.
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Como requisito para participar do pleito, cada candidato deve apresentar a declaração de seus bens e patrimônios. Esse foi o mecanismo encontrado pela Justiça para monitorar a evolução patrimonial de políticos e constatar possíveis práticas de crimes como lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, entre outros.
Na página disponibilizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o DivulgaCand 2022, o eleitor tem acesso às informações dos candidatos como ocupação profissional, grau de escolaridade, redes sociais, entre outras. Também é possível consultar a declaração de bens e as certidões cíveis e criminais de cada candidato.
Na ferramenta da Justiça Eleitoral consta que o DF tem 592 candidatos a deputado distrital. O limite de gastos estabelecidos para quem vai concorrer a uma das 24 vagas da CLDF é de um pouco mais de R$ 1,2 milhão. No entanto, o Destaque DF constatou que tem candidatos como Agaciel Maia, Eduardo Pedrosa e Jaqueline Silva, que já são distritais, com muito mais que isso como patrimônio.
Os dados também mostram que, alguns pretendentes como Abdias Silva, Gilvan Macho e Lélio Sauders, não possuem bens a declarar ou o valor declarado não chega a 10% do valor de muitos.
Essa desigualdade pode ser notada nas campanhas que estão sendo realizadas nas ruas. Enquanto uns possuem carro de som, panfletos, equipes, recursos tecnológicos, outros contam somente consigo. Esses fazem sua campanha do jeito que dá sem qualquer incentivo ou ajuda partidária.
Nesse cenário nos leva a questionar se as eleições para deputados distritais são realmente igualitárias ou não. Será se todos os candidatos declaram seus bens de forma correta, com transparência aquilo que possuem. Ficam essas questões para reflexão do eleitor.