• 29 de março de 2024

Metade da população com 60 anos ou mais já foi vacinada

Uma fatia de cerca de 55% da população com 60 anos ou mais já recebeu ao menos a primeira dose da vacina contra o coronavírus. Com a segunda dose, foram vacinados quase 23% dos idosos no Brasil.

Os números de vacinação por faixa etária são do portal Poder 360.

Os idosos foram priorizados na vacinação no Brasil e em todo o mundo por serem mais suscetíveis ao vírus, e a tendência é que o avanço da vacinação reduza cada vez mais as mortes nesta faixa etária.

Após o começo da vacinação, que priorizou sobretudo pessoas acima de 80 anos, o número de idosos vítimas da covid-19 nessa faixa etária caiu drasticamente nas capitais.

As mortes de idosos com mais de 80 anos tiveram queda de mais de 50% na cidade de São Paulo e mais de 65% na cidade do Rio de Janeiro entre dezembro e março, segundo os governos locais, mesmo no auge da pandemia no Brasil.

Leia também   Papa pede auditorias anuais em igrejas para proteger crianças de abuso

A vacinação de idosos mais jovens se intensificou nas últimas semanas. O grupo na casa dos 60 anos já está no cronograma de vacinação de todas as capitais a partir deste mês de maio.

Em São Paulo, estado com maior população a ser vacinada, idosos de 60, 61 e 62 anos começam a ser vacinados a partir da próxima quinta-feira, 6 de maio, embora já haja registros de idosos dessa faixa etária sendo vacinados em cidades onde houve disponibilidade. O governo de São Paulo calcula que sejam 1,4 milhão de idosos neste grupo. Mais de 1,5 milhão de idosos fazem parte do grupo entre 63 e 66 anos, que passou a ser vacinado nas últimas semanas de abril.

Ainda deve demorar para que esse efeito benéfico chegue a outros grupos. Para todas as faixas etárias, cerca de 15% foi vacinada com ao menos a primeira dose no Brasil e 7,5% com a segunda.

Se contabilizadas somente as pessoas com menos de 59 anos (e maiores de 18 anos), a taxa de vacinados com a primeira dose é de 5% — grupo composto por categorias que foram priorizadas na distribuição de doses, como profissionais de saúde.

Leia também   2022 começa com gasolina a R$ 6,82 nos postos; etanol fica em R$ 5,75

Embora ainda seja cedo para afirmar precisamente o quanto da redução de óbitos nos idosos se deve às vacinas, segundo os especialistas, a ampliação dos grupos vacinados deve ajudar o Brasil a reduzir o número de novos casos e mortes por covid-19, ainda em patamar recorde. O país chegou nesta semana a triste marca de mais de 400.000 mortos pela doença e a média móvel de mortes diárias segue acima dos 2.000 óbitos.

Risco da segunda dose

Além da chegada de novos grupos à vacinação, o desafio da vez para os governos será garantir a segunda dose a todos os vacinados.

O risco é que pessoas que já começaram a imunização não consigam receber a segunda dose no período adequado, sobretudo para a Coronavac, cuja segunda aplicação precisa ocorrer de 14 a 28 dias após a primeira. No caso da AstraZeneca, o prazo é maior, de 12 semanas (ou três meses).

Leia também   Sinovac quer distribuir vacina na América do Sul junto com Butantan

Centenas de cidades suspenderam a vacinação nas últimas semanas diante da falta de doses. A suspensão mais recente foi na cidade do Rio de Janeiro, que anunciou na noite deste sábado a suspensão dos agendamentos para segunda dose da Coronavac por ao menos dez dias.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a cidade do Rio manteve a vacinação com a reserva técnica até o momento, mas o estoque se esgotou, como já havia acontecido em outros municípios e Estados do Brasil.

Na outra ponta, governos precisarão também de ampla campanha de conscientização para garantir que os idosos completem a vacinação. Relatório do Ministério da Saúde mostra que ao menos 1,5 milhão de pessoas deixaram de tomar a segunda dose até agora.

(Portal Exame)

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Read Previous

Detran-DF lança campanha Maio Amarelo nesta segunda (3)

Read Next

Perda cognitiva é uma das sequelas da Covid-19