• 09/05/2024

Enquanto Black Friday no Brasil frustra, nos EUA vendas online batem recorde

Enquanto a Black Friday no Brasil foi marcada mais uma vez por queda no faturamento, frustrando as expectativas do comércio, nos Estados Unidos os americanos gastaram um recorde de US$ 9,8 bilhões (R$ 48,02 bilhões) nas compras online, de acordo com relatório da Adobe Analytics.

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O levantamento traz um sinal positivo para as varejistas americanas, que enfrentam previsões de vendas fracas para a temporada de festas.

Somente para efeito de comparação, no Brasil, da meia-noite de quinta-feira (23) até as 23h59 da sexta-feira (24), o ecommerce brasileiro registrou mais de R$ 3,4 bilhões em transações na Black Friday. O faturamento representa um recuo de 15,1% na comparação com o valor movimentado nesse mesmo período do ano anterior.

A melhora nas vendas da Black Friday americana de 2023 marca uma recuperação em relação à temporada de festas do ano passado, quando a alta inflação afetou o bolso dos consumidores
A melhora nas vendas da Black Friday americana de 2023 marca uma recuperação em relação à temporada de festas do ano passado, quando a alta inflação afetou o bolso dos consumidores – Getty Images

A demanda por eletrônicos, smartwatches, TVs e equipamentos de áudio ajudou a impulsionar as vendas online na Black Friday dos EUA, com elevação de 7,5% na comparação com 2022. Os consumidores ampliaram seus orçamentos recorrendo a opções de “compre agora e pague depois”, que aumentaram em 72% em relação à semana anterior ao Dia de Ação de Graças.

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Parcelar compras triviais por longos meses, algo natural no Brasil, estava fora do radar dos americanos até recentemente. Mas, com a renda estrangulada pela inflação recorde no país no último ano e com o aumento da oferta de serviços financeiros pela internet, o pagamento parcelado sem juros está cada vez mais comum também nos EUA.

A melhora nos resultados da Black Friday americana deste ano marca uma recuperação em relação à temporada de festas do ano passado, quando a alta inflação afetou o bolso dos consumidores e os varejistas aplicaram grandes descontos para se livrar de estoques inchados.

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Neste ano, as compras de fim de ano são um indicador da resiliência do consumidor nos EUA, à medida que as reservas da era da pandemia diminuem e as taxas de juros permanecem em níveis mais altos do que em mais de 20 anos.

As vendas online no país cresceram 9% em relação ao ano anterior, de acordo com uma métrica da Salesforce Inc., impulsionadas por calçados, artigos esportivos, saúde e beleza. Roupas, artigos para casa e beleza mostraram os maiores descontos.

As vendas online nos dias que antecedem a Cyber Monday, em 27 de novembro, podem dar às empresas americanas uma ideia inicial do desempenho da temporada de festas, enquanto aguardam dados mais lentos das lojas físicas. Ainda assim, as previsões iniciais para novembro e dezembro apontam para um crescimento de vendas desanimador.

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A Salesforce previu que as vendas online cresceriam 1% durante esse período em comparação com 2022, o ritmo mais lento em pelo menos cinco anos. A Adobe espera que a receita cresça 4,8%, muito aquém da taxa média anual pré-pandemia de 13%. As duas empresas analisam transações diferentes, o que explica a variação nos números.

A empresa de comércio eletrônico baseada no Canadá Shopify Inc. informou que as vendas globais da Black Friday aumentaram 22%, lideradas por roupas, cuidados pessoais e joias.

(Folha de São Paulo / BLOOMBERG)

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