Nas redes sociais como Facebook e Twitter, uma multidão de pessoas tem se queixado de que a Apple e o Google teriam instalado sorrateiramente um aplicativo de rastreamento de covid-19 nos telefones celulares delas, sem pedir permissão. Esse aplicativo enviaria uma notificação caso o portador do telefone se aproximasse de alguém que tenha confirmado ter contraído o novo coronavírus.
A informação é falsa.
Na realidade, o aplicativo só será instalado com a permissão do usuário. Num aparelho Android, por exemplo, na parte superior das configurações do Google há um item que indica: “notificações de exposição covid-19”. Mas isso não significa que um aplicativo já tenha sido instalado. Se a pessoa clicar nesse item, verá uma tela instruindo que ela precisa instalar ou concluir a configuração do aplicativo para ativar as notificações de exposição à covid-19.
A confusão surgiu porque, na última atualização do Android e do iOS, tanto o Google quanto a Apple adicionaram uma API (interface de programação de aplicativos), que permitirá que as notificações de exposição à covid-19 funcionem caso o usuário dê sua permissão. Ou seja, as empresas instalaram um código de programação nos seus sistemas operacionais para possibilitar que o aplicativo de monitoramento funcione, caso esse aplicativo seja disponibilizado por uma agência de saúde pública, por exemplo.
No dia 20 de maio, as duas empresas divulgaram um comunicado conjunto a respeito. “O que construímos não é um aplicativo. As agências de saúde pública incorporarão a API em seus próprios aplicativos que as pessoas instalam. Nossa tecnologia foi projetada para fazer com que esses aplicativos funcionem melhor.”
Em resumo, não é possível instalar um aplicativo de rastreamento da covid-19 sem a concordância expressa do usuário do telefone.
(Portal Exame)